sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Calouro de Jornalismo se forma no primeiro semestre

Boaventura: mais um jornalista feliz da vida
Vítima das constantes zoações dos veteranos, o calouro de jornalismo na UFSC (o melhor curso do Brasil) Reinaldo Boaventura conseguiu uma façanha até então inédita no ambiente acadêmico brasileiro: obteve o tão sonhado diploma em apenas um semestre. Segundo testemunhas, no segundo dia de aula, uma terça-feira, Boaventura chegou ao curso pela manhã com alguns minutos de atraso, sem saber em que sala era sua aula. Resolveu perguntar aos veteranos que estavam sentados no banco de madeira: "Onde que fica o Labtele?". Muito sacanas, indicaram o caminho errado para a sala 143, no fim do corredor, subindo as escadas.

"Foi então que eu entrei naquela sala, vi o professor e outros alunos e não titubeei. Sentei e prestei a atenção". Desinformado, Boaventura passou a assistir as aulas de "Projetos Experimentais", a disciplina do Trabalho de Conclusão de Curso. Sem perceber, assinou a lista de chamadas - o professor tampouco percebeu a confusão, pensou que se tratava de um estudante que não havia conseguido a matrícula. Enviou a lista com os nomes à secretaria do departamento para serem matriculados corretamente.

"Como é uma aula não-presencial, o rapaz não reprovou por falta", justifica o professor, que não quis se identificar. No final do semestre, Boaventura apresentou como o suposto TCC uma resenha de 20 páginas sobre um manual de telejornalismo. Foi conceituado com um unânime 10 pela banca, e agora aguarda ansiosamente pelo dia da formatura. "Estudei três anos em cursinhos para passar no vestibular, tirei 10 em redação. Acho que sei alguma coisa de jornalismo, e mereço esse diploma tanto quanto qualquer um - apesar de ele não valer nada", conta Boaventura.

Apesar de ter sido a graduação mais rápida da história, essa não foi o primeiro caso bizarro no curso de jornalismo. Conta-se que no passado havia na frente do CCE um cavalo abandonado que pastava do gramado. Como em quatro anos o dono não apareceu, o departamento o matriculou no curso e abonou suas possíveis faltas nas disciplinas - o pangaré tornou-se então bacharel em jornalismo pelo melhor curso do Brasil.

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