sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Governo admite que ação contra anúncio com Gisele Bündchen foi motivada por falta de sexo


Gisele Bündchen se recupera da exclusiva com o blog
Um dia após entrar com uma ação para impedir a veiculação de propagandas da marca de lingerie Hope na televisão, a Secretaria de Políticas para Mulheres fez um mea-culpa e admitiu, em nota oficial, o que todos já imaginavam: suas integrantes passam por uma longa seca de sexo. "Pedimos desculpas pela tempestade em copo d'água, mas é isso que dá quando 323 mulheres insatisfeitas há muito tempo entram na TPM simultaneamente", afirma o texto assinado pela ministra Iriny Lopes, que ainda pede desculpas por tentar impedir "a visão de uma deliciosa Gisele Bündchen de calcinha e sutiã".

A situação está realmente crítica na Secretaria. O LARANJAS apurou que a média de abstinência das servidoras é de oito meses - no cálculo não entram as lésbicas e bissexuais com menos de 23 anos, que ficam em média apenas dois dias sem contato fálico. "O cotidiano aqui é um inferno, a mulherada fica tensa o tempo todo e só se acalma quando chega um tiozinho que vende doces", afirmou Iriny, sem esclarecer se quem traz paz é o tiozinho ou os doces.

O outro lado - Uma alta executiva da Hope, que tem uma vida sexual saudável e bem resolvida, afirmou que a empresa pede desculpas se algumas mulheres se ofenderam. "Mas isso é falta de rôla, né querido?", completou. A agência de publicidade que bolou a campanha não retornou os telefonemas da reportagem, já que todos os funcionários estão ocupados dando risada e agradecendo aos céus pela mídia espontânea gerada pela Secretaria.

A supermodelo Gisele Bündchen, em entrevista exclusiva ao LARANJAS, disse que nada tinha a ver com a estratégia da empresa. "Eu nem sabia o que tava fazendo, só queria terminar logo e ir pra casa me refestelar com o maridão", afirmou a top, lembrando que não tem problemas sexuais desde que terminou com Leonardo Di Caprio. De acordo com Gisele, as moças da Secretaria precisam relaxar, raspar o buço e arrumar uma boa foda, o que resolveria todos seus problemas. "Não há estresse que uma bela duma trolhada não resolva", polemizou.

Coveiros aderem à onda de greves e negociam com Morte para aliviar número de corpos

Nesta sexta-feira,30, os trabalhadores do cemitério do Itacorubi e de São Cristóvão, em Coqueiros, resolveram largar a pá da cova para reivindicar melhores condições de trabalho, assim como os bancários e os carteiros. Acontece que a quantidade de mortos nesse ano superou a capacidade de armazenamento dos jazigos em Florianópolis. Só no mês de agosto, a proporção se manteve de 8 mortos para um túmulo. Com isso, os próprios coveiros foram intimados pela Prefeitura a fornecer parte de seus quintais para enterrar os presuntos.

“O pior é que nunca tive algum pedaço de terra. Mesmo assim, um funcionário da guarda municipal utilizou de sua truculência para me intimar a colocar um morto fresquinho em meu freezer novo. Isso não é justo” – lamenta Tristo de Sanctis, coveiro há mais de 20 anos no Itacorubi.

Segundo ele, o problema está justamente na qualidade dos defuntos. “Não ficaria chateado em colocar alguém no frigorífico lá de casa. O problema é que só tem morrido gente sorrindo ultimamente, com cara boa. Como vou colocar alguém assim perto dos meus nuggets de frango? É muito triste. Preciso ligar para a Morte e dar uma dura nela. Porra, fazem dois anos que não enterramos nenhum salafrário! Muito menos um político”.

Outra razão apontada pelos funcionários à greve foi o aumento expressivo nesses últimos meses de mortes de pessoas acima de 1,90 de altura. Devido a esse fato, o trabalho de readequação do corpo, que deveria ser realizado por especialistas do Instituto Médico Legal, ficou a cargo dos próprios trabalhadores, que sem instrumentos adequados, acabavam fatiando presuntos com facas de pão.

A negociação

De acordo com o site de notícias FOL, funerária online, o maior portal de notícias para os que já viram o fim do túnel, o apoio à greve está sendo avaliado pela Comissão Reguladora da Vida (CRV), que decide quem vai ou não bater as botas. A atual presidente da CRV, Dona Morte, acredita que a reivindicação é legítima, mas diz que manterá o desejo dos comensais em ceifar jogadores de vôlei e basquete. “Atualmente todos querem descansar em paz e eu é que fico com todo o trabalho. Claro que isso é desgastante para os coveiros, mas isso também complica para mim. Como nunca gostei de esportes, mantenho a minha posição”.

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*Para quem se interessa por notícias funerárias, aí vão as últimas do FOL:

Australiana cria Coleção de Roupas para quem já Passou Dessa para uma Melhor

Funerárias de Manaus terão Central de Distribuição de Óbitos

Necrotério na Turquia cria Alarme para Defuntos que “Ressuscitam”

Motorista de carro funerário é preso por dirigir bêbado na BR-153 em GO

Agente funerário: um olhar histórico sobre o surgimento dessa profissão

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Armada, Dilma Roussef toca invasor do Palácio do Planalto no melhor estilo "me dá o lá, que eu te dou o dá cá"

Dilma Roussef nega instinto e deixa escapar invasor com vida
Um homem armado invadiu o Palácio do Planalto e foi contido por seguranças na manhã desta quinta-feira em Brasília. Em seguida, uma presidenta armada saiu de sua sala no Palácio do Planalto e foi contida por seguranças na manhã desta quinta-feira em Brasília. O embate entre Maycon Kusther Pinheiro e Dilma Roussef só não ocorreu porque Deus quis assim. "Já matei mais de mil, seu cabra", intimidou Roussef, que segurava na mão esquerda (ela é destra) sua espingarda calibre 12.

Controlada a situação, o homem entregou a arma aos seguranças que fizeram o meio-campo. "Isso tudo só está acontecendo porque recorri a todas as esferas da Justiça e não fui atendido. Estou sendo perseguido por uma organização criminosa há meses. Enfim, acho que encontrei alguém para me defender", disse sorrindo, olhando em direção à Dilma.

"Epa! Não faço mais estas coisas, seu moço. Justiça pra mim agora, só pela lei", recusou ela meio sem jeito, enquanto ajeitava seu blazer amarelo com um jeitinho feminino raro de se ver por ali.

Enquanto a presidenta voltava para sua sala arrastando a garrucha, o segurança Altamiro Lima, de 2,09 metros e 130 quilos deixou escapar: carai! Acho que me borrei.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Leonel Pavan depõe em "A Vida da Gente"

Mais um representante catarinense deve brilhar na novela das seis - A Vida da Gente. Depois de Gustavo Kuerten, o Guga, será a vez do ex-governador Leonel Pavan fazer uma ponta na trama da Rede Globo. A emissora carioca confirmou em seu site que o político fará um depoimento onde se defende de acusações de prevaricação, tráfico de influência e formação de quadrilha. As cenas foram gravadas no prédio da Polícia Federal, na última sexta-feira.

Leonel Pavan atuando em depoimento feito à Polícia Federal ainda em 2009
Contente com a atuação, Pavan saiu do prédio cumprimentanto a todos e chamando pelo nome. "Não é a primeira vez que atuo desta forma aqui na PF", gabou-se.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Christiane Torloni imita Cássia Eller e mostra os peitos ao vivo no Rock in Rio 2011


Ao final da entrevista para a repórter Dani Monteiro do Multishow neste fim de semana, Christiane Torloni resolveu lembrar um gesto que marcou a todos que viram a coisa mais estranha da face da terra na edição de 2001: os peitos da Cássia Eller.

Com a frase “Eu sou rock ‘n rolla, baby”, a atriz cinquentona terminou o depoimento para a Dani na área VIP e puxou a blusa para cima, mostrando que pode ressuscitar a falecida Eller só com um gesto e silicones.

Tudo começou com o open bar do camarote. Torloni já tinha Torlado boa parte do cardápio de bebidas, sobrando para os organizadores do local recorrerem a um plano B. “O que vamos fazer” – perguntaram-se, aflitos, os barmens do camarote sem saber onde arranjar mais bebida para o pau-d’água e furacão Torloni. A resposta veio rápido.

“Estávamos limpando a cozinha, quando, de repente, um maluco correndo arrancou da minha mão o álcool que eu usava para tirar a sujeira da chapa de hamburguer” – conta o chef de cozinha do Bob’s, boliviano, que foi contratado para fazer um trabalho escravo durante os dois fins de semana do evento. Então, o que parecia uma solução de emergência, acabou em uma cuba libre especial para Torloni que glorificou, mais uma vez, o jeito Cássia Eller de terminar um Multishow.

Volta do RU movimenta UFSC

Depois da Pegadinha do Mallandro de segunda-feira, quando todos esperavam a abertura que não aconteceu, o RU finalmente voltou hoje (27). Os universitários perdoaram a piada e homenagearam os trabalhadores do restaurante com A Maior Fila de Todos os Tempos, que chegou a rótula do CCE. Famintos, a legião de estudantes devorou ao todo três toneladas de carreteiro, feito com as sobras de todos os churrascos promovidos pelos servidores durante a greve; cinco caixas d'água de suco, 10 carrinhos de mão de farofa e cinquenta panelas de arroz e feijão.

A volta do Restaurante Universitário também despertou o espírito empreendedor em algumas pessoas. O estudante de Biologia Rodrigo Bastos aproveitou a oportunidade para ganhar um dinheiro extra: ele não revelou a notícia ao seu pai, que mora em Sorocaba, e continua lhe enviando 15 reais por dia para almoço. "Pretendo investir esse dinheiro em churrascos, baladas e maconha". Já o graduando em Ciências Sociais Roberto Adamastor viu nas grandes filas um ótimo negócio: ele entra nelas, e quando está lá na frente, vende seu lugar. Hoje, no dia da reabertura, ele lucrou 50 reais. "É incrível como muita gente não sabe que furar a fila sem pagar é uma prática comum", revelou, em off, para a reportagem do LARANJAS.

Universitário já está acostumado com filas: xerox, BU, trânsito. "Por 1,50, até injeção na testa", conta um calouro.
De olho na concorrência - Depois de meses de preços altos e lucratividade elevada, os demais restaurantes do entorno da UFSC estão preocupados com a perda de clientela. José Antônio Cardoso, proprietário de um bifê a quilo no Pantanal, buscou uma solução para evitar o prejuízo. Ele vai reformular seu restaurante, para entrar em concorrência direta com o RU. O preço será R$ 1,49, um centavo a menos, "e prometo dar o troco exato", conta Cardoso. Para possibilitar esse desconto, já que não é subsidiado pelo governo, o proprietário vai cortar os gastos na cozinha: a bandeija de lata só terá três divisórias (enquanto a do RU possui seis), o cardápio vai ser arroz ou feijão, salsicha, meio ovo cozido, e de sobremesa, metade de uma laranja. "O universitário não liga para o cardápio, ele quer é pagar barato", explica. A única ameaça para o empresário são os dias em que o RU serve Strogonoff: "Batata palha à vontade é um grande apelo".

Laranjadas Apócrifas

Por Nathan Schafer

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aplicativo da Apple poupa tempo e paciência do usuário

Cauê não precisa repetir a história mil vezes
"A vida não é perfeita". Assim suspirou Charles Darwin ao se despedir de serelepes baianinhas que, com água até as canelas, sacudiam suas partes em acenos efusivos e emocionados para a embarcação HMS Beagle que sumia no horizonte. Isto foi em março de 1832. Explicar a dor daquele momento tantas vezes mataria de tédio e nostalgia o pai do Evolucionismo quase 50 anos depois.

Foi preciso muitas topadas em quinas de cama, braços quebrados e atos inconsequentes de uma noite de embriaguez para que estudantes de Faliologia, da Universidade da Tonga da Mironga do Kabuletê, criassem uma forma simples de transmitir os infortúnios que acompanham a espécie humana desde o último símio.

O aplicativo da Apple, já disponível para IPad, IPhone, IPod e Mac, funciona como discurso pronto para aquele chato que olha a testa da pessoa sem sobrancelha e não se controla em pedir o por quê?

"My face, your ass", como foi batizado, é fácil de usar. O usuário grava um vídeo em que conta, por exemplo, como a ex o chutou. Faz isso com toda a técnica de retórica que for capaz, cheio de gestos, brincadeirinhas, auto-flagelo, choramingos e reticências. No fim, clica em stop e escolhe uma tecla do teclado para servir como atalho.

Pronto, a pessoa estará livre de gastar saliva e tempo explicando a mesma história incontáveis vezes para todo tipo de pessoa. Ao primeiro colega de trabalho que perguntar "você está diferente, o que foi com seu nariz?", acione o vídeo e volte a seus afazeres.

Bel no Fas, um dos idealizadores do produto, adianta que qualquer receio de se passar por uma pessoa antipática perante seu grupo social não se fundamenta, pois a geração Y prefere mesmo se comunicar com vídeos reproduzidos em players de baixa resolução do que pessoalmente. "Quanto mais views a história tiver, mais interessante fica para o curioso da vez", acrescentou.

O detalhe é que cada vez que o discurso é acionado, o número correspondente àquela exibição é emitido pelo aparelho, podendo dar uma dimensão de quantas vezes uma pessoa conta a mesma história, em decorrência de uma mudança em sua vida.

"Esta é a sétima vez que imobilizo o pulso por conta de um esforço repetitivo de uso do computador. Antes eu ficava explicando o motivo mil vezes para meus amigos. Depois passei a escrever bem grande a palavra 'LER' no gesso, para que ninguém me incomodasse, mas mesmo assim tinha que ficar mostrando. Agora, com o "My face, your ass", basta dar o play, entregar o aparelho pra pessoa e ficar de bobeira", comemorou Yan Ki Se, 9 anos, representante da geração Y que já adquiriu o aplicativo para seu IPhone.

E para você que chegou até o final deste texto, o início realmente não tem muito a ver com o resto. Apenas gostei da imagem do Charles Darwin se despedindo de serelepes baianinhas. Obrigado por acessar o blog.

[LARANJAS QUATRO ANOS] A origem

Durante os primeiros dias da primeira fase no famoso Curso de Jornalismo da UFSC, alguns alunos daquela turma, matriculada no segundo semestre de 2007, tentaram iniciar uma publicação própria. O princípio era o de se expressar, com a justificativa de que qualquer um que tem ideia na cabeça e observa o mundo de maneira meramente crítica pode ter sua publicação. Algo comum entre calouros de comunicação em qualquer universidade do país.

Em reunião na sala 142, do Centro de Comunicação e Expressão, ocorrida em meados de agosto, o então calouro Thomas Michel Antunes reuniu cerca de 15 iguais para apresentar a sua ideia - um zine que falasse das coisas da UFSC, com foco no público universitário. A dificuldade de harmonizar tipos tão distintos em experiência, convicção e expectativa fez com que o projeto morresse ali mesmo.

Ainda na saída, dois alunos ali presentes foram abordados por um colega que tinha uma ideia parecida com a de Thomas, mas não com aquele foco. Bruno Volpato marcou então com Marcone de Souza Tavella e Rafael Hertel uma reunião para os próximos dias onde ele iria expor sua proposta.

Só em setembro os três voltariam a se reunir com este objetivo. Ensaiando uma nova amizade, sentaram então em um jantar no Restaurante Universitário para que, enfim, Volpato falasse.

A ideia era um jornal mural, com notícias falsas, baseadas em um humor nonsense característico em publicações como Pasquim, Planeta Diário e Casseta Popular. Marcone e Rafael se empolgaram na hora, mesmo sem saber muito bem do que se tratavam estas publicações e qual humor estava presente nelas. Começaram a produzir textos na mesma noite.

Mas a produção era pouca para um jornal mural e o idealizador não demonstrava muita ação. Foi quando em 19 de setembro de 2007 Rafael Hertel criou o Blog dos Laranjas. Ato que não agradou o dono da ideia, mas serviu para que este se mexesse e criasse, no dia seguinte, o LaranjasBlog.

Por quê Laranjas?

O nome surgiu na mencionada reunião no Restaurante Universitário. Rafael Hertel, até então meu companheiro de refeições de R$ 1,50, recolhia mais uma laranja fornecida junto ao prato subsidiado. Bruno Volpato falava sobre sua experiência em um jornal produzido na Esag, faculdade pela qual havia se formado em Administração meses antes.

Eram muitas laranjas dentro da bolsa de Rafael. Aquilo não era normal. Interrompi o Volpato, enquanto o loirinho de olhos verdes se acomodava na cadeira após ter guardado a oitava laranja dentro da bolsa, que estava ao lado, no chão.

— Rafa, você vai ou não vai comer estas laranjas? — questionei.

Na hora, rimos daquilo. Rafael tentou se explicar, sem muito êxito, e retomamos a conversa sobre o tal jornal mural. As laranjas e a mania de Rafael, que consta como uma das primeiras piadas internas entre os membros fundadores, resolveria a falta de um nome melhor na hora de lançar o blog, dias depois.

domingo, 25 de setembro de 2011

[LARANJAS QUATRO ANOS] O Genésio dos blogs

VATICANO - Eu sei que estou atrasado, mas vamos lá. Fui o último convocado pela seleção, um pouco fora de forma, treinando em campo de várzea abaixo do nível esperado para um empreendimento como este. No entanto, desde que entrei para o time, tenho aprendido com meus colegas a produzir risadas (mesmo que não sejam muitas).

Fazer humor é difícil. Periodicamente, então, corre-se o sério risco de recontar piadas do Ary Toledo ao invés de sacar uma nova pilhéria. Desgraça que por vezes caímos sem perceber – livrai-nos desse mal, amém. Mas nada como levar a sério o que as pessoas tendem a acreditar como uma brincadeira despretensiosa. Mesmo que isso não dê em nada. Parece que a graça está em surpreender e inverter a ordem mais ou menos estabelecida. E para isso precisa-se de trabalho e um pouco de cerveja.

Essa história de subverter não é invenção nossa, infelizmente. Existe até na religião católica. Sem brincadeira nenhuma, me falaram que há um santo para os humoristas: o São Genésio. Já ouviu falar? Nem eu. No mínimo a imagem deve segurar uma caneca de chopp na mão e expandir um sorriso malicioso de quem olha um fio dental feminino na praia pelos óculos escuros. Não à toa, o maldito deve ter uma visão privilegiada lá de cima. Rezai e vigiai.

LARANJAS é como um Genésio dos santos, um em um milhão de veículos. Têm poucos devotos, mas os que oram pela gente são valorizados. Com quatro anos de existência, dois milagres concretizados e três freiras apaixonadas (número em ascensão desde a alta no último pregão na bolsa), o blog já pode ser beatificado pelo Papa. O que não seria de todo o mal, afinal, iríamos de graça até Roma e de quebra, com a grana da beatificação, poderíamos fazer umas compras. Vida longa à santíssima laranjada!

sábado, 24 de setembro de 2011

[LARANJAS QUATRO ANOS] 40 anos em 4


Nesta semana do aniversário de 4 anos do LARANJAS, nosso pequeno mas promissor rebento, tomo a liberdade de fazer uma previsão do que será o site quando completar 4 décadas de existência.

O divisor de águas aconteceu em julho de 2012, depois que Marcone e Tomás decidiram levar a sério e fizeram do projeto um TCC. Passaram pela banca de avaliação, se formaram em jornalismo e resolveram arriscar: “agora vamos ganhar dinheiro com isso”. O que se sucedeu então foi o maior fracasso da história das publicações natimortas: descrença dos anunciantes, pouca procura dos leitores e processos judiciais inviabilizaram qualquer tentativa de uma segunda edição do jornal impresso Laranjas. Além, como não poderia deixar de ser, prejuízo financeiro.

Futuro dono do LARANJAS e de todos os órgãos da Grande Mídia
Enquanto isso, Rafael Hertel estava em São Paulo, trabalhando para a Grande Imprensa. O pouco tempo que lhe restava ele escolheu dedicar ao sertanejo universitário, deixando o Laranjas de lado. Bruno Volpato continuava fazendo suas colaborações, sempre humoristicamente perspicaz. Mas ele voltou a trabalhar para o governo, o que representou um período de censura e trevas ao site: todas as piadas sobre o governador Raimundo Colombo haviam sido sumariamente deletadas. Detalhe: havia sido ele, Volpato, o único Laranja que entendia de política, que escreveu as piadas – as mais engraçadas. César Soto ainda estava na faculdade, trabalhando na rádio e ajudando calouras a gravar sonoras e tentando derrubar o Ricardo Teixeira com seus programas. Novamente ele caiu num período de intenso bloqueio criativo, casado pela abstinência de nicotina.

Mas foi em julho de 2012 que aconteceu. Thiago Verney, que colaborava vez por outra, ganhou sozinho o prêmio acumulado de 67 milhões de reais. “Ah, velho! Odeio o Verney, ele tá sempre de boa na dele e sempre acaba se dando bem...”, resume Tiago Pereira. Solidário, a primeira coisa que ele fez com o dinheiro foi uma viagem para Miami, onde comprou eletrônicos de última geração. Depois, diante da situação de seus amigos Tomás e Marcone, presos por não pagarem as dívidas dos processos, tirou os dois da cadeia e resolveu financiar a volta do Laranjas. Com milhões em investimentos, Rafael Hertel pôde deixar seus 3 empregos em São Paulo, Bruno Volpato aposentou-se pelo INSS, César Soto trancou o curso e os 6 amigos tocaram o que seria, 36 anos depois, apenas mais um blog de humor, com layout amador, piadas internas e algumas sem graça e poucos acessos. Todos se arrependeram de perderem tempo de suas vidas para isso.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Aumento do IPI barra entrada de fragmentos de satélites importados no Brasil

Satélite nacional: R$ 29 mil. Com direção, air bag e ar, sai por R$ 39 mil
O mundo está apreensivo com a notícia de que fragmentos de um satélite da NASA que se desintegrou podem atingir a Terra nesta sexta-feira. A agência espacial americana não soube precisar o local onde ocorrerão os impactos, mas os brasileiros podem ficar tranquilos: devido à alta do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), os pedaços de metal estão ficando parados na entrada da atmosfera sobre o Brasil.

"Precisamos fortalecer a indústria nacional de satélites, que sofre com a concorrência desleal de chineses, mais eficientes e que cobram mais barato por produtos muito mais completos", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O IPI para satélites fabricados fora do país terá um aumento de até 30%, dependendo do número de canais com produção nacional que são disponibilizados aos assinantes.

Dessa forma, os fragmentos estão abandonados logo na entrada da atmosfera. Em nota oficial, a NASA disse que não tem nada a ver com a decisão do governo brasileiro, pois "os Estados Unidos pararam de foder com a vida dos sulamericanos há um bom tempo". É especialmente perturbador o relato de um rapaz que vendeu duas antenas parabólicas e uma antena de telhado para comprar um satélite novinho, mas teve que deixá-lo antes mesmo da exosfera.

Enquanto isso, o governo federal deixou claro que não exigirá nenhuma contrapartida da indústria nacional. "Não. Nada. Nadica de nada", afirmou o ministro, às gargalhadas, no que foi acompanho pelos presidentes das montadores de satélite que se aglomeravam à sua volta. "Também não estamos nem aí para os empreendedores que investirampara trazer novas marcas para o país", completou, chorando de rir.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Redes sociais causam mais uma revolta árabe

Depois de derrubar o governo, a primeira providência será baixar os impostos sobre eletrônicos
Omã – Cerca de 5 mil manifestantes estão ocupando a praça central da capital Mascate para reivindicar a saída do sultão Qaboos ibn Sa’id Al ‘Bu Sa’id, que governa o país desde 1970. Os protestos começaram na tarde dessa quarta-feira (21) e tiveram ampla divulgação das redes sociais. Por enquanto, não há registros de violência por parte dos manifestantes, mas a guarda do palácio está a postos para qualquer agitação.

O estopim de tudo, segundo manifestantes, foi as mudanças na navegação do Facebook, que acrescentou novas ferramentas para seus usuários.  “Não temos direito a votar, não temos um estado democrata, nem liberdades como de culto, expressão e política. Daí vem o Mark Zuckerberg, aquele judeuzinho, e muda o Face pra pior. Vamos quebrar tudo se esse sultão não sair!”, afirmou o usuário do twitter @Abdul_Al_Ahraad.  “O Face é nosso!”, twitou logo em seguida.

O sultão garantiu que vai tomar medidas para resolver a situação. “Estou entrando em contato com Zuckerberg. Apesar de ele ser judeu, temos que respeitar nossas diferenças em nome da paz e da ordem”, afirmou ‘Bu Sa’id. A proposta dele é, pelo menos em Omã, o Facebook voltar ao que era antes. “Eles têm que perceber que essa geração Y é muito ortodoxa quando o assunto é internet”, concluiu o premiê Omanense.

O assunto também repercutiu no restante do mundo. O chefe do Departamento de Obviedades da Universidade de Michigan John McKeena afirmou que “as redes sociais tem um papel importante no contexto da globalização, são revolucionárias”. Já na Itália, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi lembrou-se das férias de 93, quando fez um tour na companhia de Qadaffie pelos países árebes. “Bons tempos... O Qaboos fechou o melhor harém dele só pra gente, várias virgenzinhas de 16 anos. Lá isso é permitido, ao contrário desse país de merda”, rememorou.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

[LARANJAS QUATRO ANOS] Depois de tanto tempo, ainda não estamos maduros

Festas Laranjas em seu primeiro ano eram as mais divertidas do curso. Eu morria de inveja
O LARANJAS completa quatro anos e, como era de se esperar, continua analfabeto. Pelo menos é isso que se pode comprovar após a leitura de pouco mais de alguns posts. No entanto, não há de se negar que passamos por evolução enorme nestas primeiras primaveras de nossa vida. Tratamos de fatos verídicos, batalhamos pela verdade, lutamos contra instituições titânicas, plantamos boatos, distorcemos acontecimentos, tiramos declarações de contexto, e acabamos voltando a falar quase que exclusivamente do curso onde todos nos conhecemos. Enfim, completamos um belo ciclo.

Eu ainda nem fazia parte da redação e já observava com inveja o sucesso absoluto que todos os seus membros adquiriam com as mulheres do curso de Jornalismo da UFSC. Festas constantes regadas a álcool e sexo livre e fácil marcaram seu ano de estréia, e eu só sabia que tinha que conseguir minha vaga nessa mamata de qualquer forma, não importando quão escusos seriam os métodos para sacramentar minha adesão.

Assim sendo, como qualquer jornalista que se preze tem de fazer ao longo de sua carreira, ofereci a total e irrevogável prostituição de minha ética deontológica ao editor-chefe e cafetão Bruno Volpato durante as férias de janeiro de 2009. Conseguia, enfim, a promessa de nunca mais ter que suar para conseguir a companhia das jovens estudantes maravilhadas que infestam os corredores do aquário.

Mal sabia eu, no entanto, que o que vêm fácil, vai fácil. O LARANJAS entrou então em uma época de nefasto ostracismo, a qual me recuso a acreditar ser o culpado. Dei o sangue por este blog, dediquei horas de trabalho para que conseguíssemos sair da sombra de gigantes como O Pasquim, Bundas, Onion e o Jornal da Globo, referências internacionais no Jornalismo de Humor. Infelizmente, o saldo para nossa equipe não é dos mais felizes.

Chegamos ao quarto ano de existência com quatro membros totalmente domados, reféns daquelas que juraram jamais colocar na frente dos companheiros de batalha. Marcone e eu, após o divórcio (o amor não acabou. Eu culpo a gonorréia) de nosso relacionamento de mais de 30 meses, somos agora os últimos bastiões do orgulho macho por essas bandas, e não é como se a vida tivesse sido fácil. É verdade, pode perguntar por aí. Ralamos pra caramba nestes últimos tempos. Afinal, casos extra-conjugais sempre foram encarados com muita naturalidade por ambos.

Acho que o que estou tentando dizer é: parabéns, LARANJAS. E muito obrigado por todos os abraços, todas as palavras de apoio, todos as risadas e sorrisos sinceros, todas as caminhadas pela praia sob a luz do luar, todos os ombros amigos, todos os afagos e todas as deitadas de conchinha após o coito, mas vocês merecem mais. Não, não são vocês, sou eu. Acho que não estou pronto para esse tipo de comprometimento. Queremos coisas diferentes e quatro anos é um tempão, né? Ainda há tanto o que fazer com as nossas vidas... Não, por favor, não faça cena. Com o tempo vocês verão que é melhor para todo mundo. Olha, ainda gosto muito de vocês e não quero perder a amizade. Podemos ser amigos. Isso, por favor, pare de chorar. Eu te ligo. A gente se vê por aí.

Agora, que tal aquele break-up sex?

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Petersen & Tavella's Corporation rumo a mais um fracasso

Depois do Núcleo Esportivo do Thome Rosas e da Associação Atlética das Meninas da Atlética, a Petersen & Tavella's Corporation anunciou, nesta terça-feira, mais um plano que deverá acabar na mão de terceiros - o Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo de Tomás e Marcone.

A sociedade, que também promove churrascos medíocres e excursões exclusivamente masculinas para Oktoberfest de Blumenau, deverá entregar ainda este ano um projeto editorial promissor a qualquer um que mostrar um pouco mais de empenho. "Nosso foco não é tocar projetos, é criar", revelou o goiano da dupla, que ainda não compôs um repertório para ser usado por outros artistas. Ainda.


Com experiência de mais de 2 anos de atuação plantando ideias para o sucesso alheio, a empresa adiantou que desta vez manterá segredo, por enquanto. "Nada de reuniões com muitas pessoas, o que sempre estraga nossas ideias originais e super bem boladas", disse um misterioso Tomás ao entrar no Fiat preto que deveria ser entregue urgentemente para a irmã mais nova pegar uma balada.

"Primeiro que não temos capacidade de defender nossas ideias iniciais. Segundo que o foco não é esse", frisou um confuso Marcone, que não sabia se ria ou se chorava, se comia um x-bacon com ou sem ovo, acompanhado de uma coca ou de uma cerveja.

O fato é que vem novidades por aí no Curso de Jornalismo da UFSC. E quando esta dupla começa a criar, alguém se dá bem. "O c# do c#*@ que estes c#*@ criaram alguma p@*# aqui nesta m@*#", desmentiu Viviani Barches, atual presidente da AAMA.

Thome Rosas não pôde atender a reportagem porque tinha que ajudar duas calouras a falar no microfone, bolar uma frase feita para ser usada durante todo o semestre e se especializar em mais um esporte que tenha o mínimo de adeptos no Brasil.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Michel Teló lança o primeiro livro de gênero sertanejo até dezembro

O sucesso de vendas,de cds e, obviamente, camisinhas, Michel Teló, anunciou neste sábado, 18, que irá escrever o primeiro livro do gênero sertanejo do Brasil até dezembro. A história do livro será baseada na mesma que o inspirou para realização da música Ai se eu te pego, novo sucesso do craque musical.

Na música, Michel Teló conta a história de dificuldade que passou em uma balada e várias dúvidas que teve no recinto. A mais importante delas foi se dizia ou não para uma gata que passava ao seu lado a frase: “Delícia, delícia, assim você me mata. Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego”.



“Passei por muitas dificuldades na minha vida, até acertar a cantada certa. Levei vários foras, até o ai se eu te pego. É uma abordagem fantástica”, explicou Teló. O cantor também irá revelar no livro que sofria bullying quando criança. “Me chamavam de Michael. Isso me deixava triste”, contou com exclusividade à redação dos laranjas. Hoje, Telozinho, como gosta de ser chamado, desconta o bullying que sofreu nas mulheres, mas de uma forma que, aparentemente, elas gostam.

[LARANJAS QUATRO ANOS] O gosto amargo e rançoso do de uma laranja podre

Foto de quando eu era calouro do JorUFSC
Meu colega Marcone Tavella acha que devemos comemorar os quatro anos de criação do LARANJAS, completados amanhã. Acho uma iniciativa simpática, agradável, mas que no fundo é uma grande bobagem. Considero este blog um fracasso retumbante e, apesar de reconhecer que houve alguns rompantes de brilhantismo textual, tenho vergonha de ver meu nome envolvido neste ciclo olímpico de decepções e incompetência. Comemorar o quê, Marcone Tavella? Que criamos esse blog muito antes do Sensacionalista, do Bairrista e do Piauí Herald e, mesmo assim, eles ganham dinheiro publicando mentiras e nós não? Parabéns, campeão!

Culpo todos os que escrevem aqui, mas principalmente eu, o membro mais velho e, portanto, supostamente mais prudente em escrever cretinices. Apenas supostamente. A lista enorme de projetos abandonados no meio me credencia a destaque negativo nesses quatro anos. O primeiro que vem à mente é a novelaranja "Gênese de um cafa", que combinava realidade e ficção na saga do que seria a minha transformação, quando jovem, em um grande pegador. Não bastasse a premissa por si só pouco crível, a história foi abandonada no quinto capítulo, quando começaria a pegar pesado na depravação. No entanto, esta série rendeu uma das minhas melhores atitudes no LARANJAS: justamente a decisão de interrompê-la, antes que eu virasse um motivo ainda maior de piadas.

Creio que as pessoas riram mais de mim que comigo nesses quatro anos. Em muitos momentos confundi vida pessoal com profissional e postei coisas que não tinham a menor coerência com a linha editorial que eu mesmo propus para o LARANJAS. Logo no primeiro ano, quando calouro, fiz a cobertura de uma edição do Tim Festival única e exclusivamente para atrair leitoras indies e hipsters, exatamente o tipo de mulher que (mais) me despreza. Em nenhuma das três postagens havia uma boa piada ou mesmo uma frase remotamente engraçada. Não que eu seja uma sumidade e as pessoas riam litros do que escrevo, mas sempre é conveniente lembrar que este é um blog de humor.

Tive bons momentos, não nego. Alguns deles, porém, acabaram gerando enormes equívocos. Criei um obituário, chamado "Seção Presunto Fresco", que tinha o extremo bom gosto de questionar a relevância de figuras públicas que recém haviam abotoado o paletó de madeira. Humor negro de qualidade. Tudo foi por água abaixo, porém, quando tive a brilhante ideia de sacanear o príncipe de Petrópolis que morreu na queda do avião da Air France. O LARANJAS aparecia em primeiro quando se googlava nome do rapaz. Resultado: milhares de acessos e algumas pessoas defendendo meu assassinato nos comentários. Retirei o texto, o que provocou a ira do colega César Soto. Ira que se transformaria em puro desprezo quando, pelos mesmos motivos, censurei um post do Marcone a respeito de um sujeito que se suicidou no Iguatemi. Não lido bem com críticas e, principalmente, com ameaças de morte.

Aliás, procure algum post meu no período eleitoral do ano passado. Ou qualquer post. Em nome de um recém-adquirido profissionalismo, silenciei durante a campanha majoritária nacional mais vergonhosa da história da democracia brasileira. "Ah, seus empregadores devem ter te censurado", especula o romântico leitor. Seria uma honra, porque isso significaria que alguém verdadeiramente ocupado lê o LARANJAS. Foi uma inexplicável auto-censura, falta de bolas em português claro, tanto que não tive pudores em usar o Twitter para atacar candidaturas que não me agradavam. Acho que pensava que seria mais fácil argumentar que me expressei mal em 140 caracteres que num texto de 2000 toques.

Resta-me apenas lamentar ter entrado em alta velocidade nesta rua sem saída que é o LARANJAS. Escrever humor é um comprometimento de vida, porque gera a estúpida necessidade de sempre fazer as pessoas rirem. Uma dependência, até. Diariamente olho os relatórios de acesso, esperando um miraculoso crescimento de leitores, mas tenho que me contentar com onanistas que vêm em busca de um vídeo erótico de uma vadia paraguaia, cortesia de Tomás Petersen. Sim, pois depois de quatro anos de esforços no sentido de sempre melhorarmos a qualidade dos nossos textos, temos que conviver com o fato de que quase 50% do nosso público é composto de sujeitos querendo se masturbar com um pornô caseiro da Larissa Riquelme.

E sabe o que é pior? Esse vídeo não existe. Eu procurei e, sem querer, caí no LARANJAS.

sábado, 17 de setembro de 2011

Neymar anuncia que vai trocar de esporte

Em coletiva de imprensa realizada no começo da noite de ontem (16), o atacante do Santos e queridinho do Brasil Neymar anunciou que vai largar o futebol e passar a jogar vôlei. O argumento principal defendido pelo jogador foi que o futebol é um esporte muito violento. "Sofro perseguição, apanho em todos os jogos. Já o vôlei é um esporte que preserva nossa individualidade, não corro o risco de me machucar". Ao lado do papai, que também é seu empresário, a jovem promessa chegou a chorar quando lembrou do carinho da torcida: "Infelizmente, o vôlei nesse país não dá muito dinheiro, não vou ter grana pra comer mulheres, mas é um sacrifício que vai valer a pena. Espero que todos me acompanhem nessa nova fase da minha carreira". 

Com fama de cai-cai, agora Neymar só vai ao chão para defender saques

Em conversa no banheiro da sala de imprensa, o assessor do Santos disse à reportagem do LARANJAS que o clube tentou convencer Neymar de continuar no futebol, mas que respeitou a escolha. "O salário dele tava muito grande e o pai dele fica empacando a venda dele para o exterior. Ele também estava gastando muito dinheiro", contemporizou. O atacante, que agora vai ser líbero, recebeu diversas propostas de clubes, mas ainda não definiu o seu futuro time.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

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Dedicado ao Prof. Dr. Hélio Ademar Schuch

Laranjas reivindica o retorno da Praça Vermelha ao curso de Jornalismo da UFSC

Este é um momento muito sério. Vivemos em uma época cuja convergência de mídias aponta uma revolução tecnológica e profissional, porém, o que parece mais desgastante para quem faz um curso de Jornalismo na UFSC atualmente é que certas tradições ficaram engavetadas, como deveriam ficar as pautas sobre cabras domésticas que são exibidas em telejornais de grande audiência . O passado está sendo renegado.

Para quem não está entendendo o tom melancólico desta mensagem, convido-lhes a viajar no túnel do tempo. Na mesa de discussão sobre os rumos de um foca, ontem, na 10ª Semana de Jornalismo na UFSC, o jornalista Marques Casara relatou sobre o que mais gostava da época em que era estudante da baiúca. Sem titubear, revelou que era o usufruto da “praça vermelha”. Um espaço estudantil e organizado, institucionalmente patrocinado, onde as ideias inovadoras eram discutidas e... na verdade, conclamou, era um local basicamente para a livre iniciativa de sexo, drogas e Rock'n Roll. O Éden na terra, bem mais Paraíso que a estação metroviária de São Paulo.

Mas como o propósito tinha uma função edificante, filosoficamente falando, e contando a quantidade cada vez mais desesperadora de desistências no curso depois do Golpe que fechou o espaço, estamos promovendo um abaixo assinado para o retorno da “praça vermelha”. O centro político e religioso do nosso curso. O Kremlin só de nome, sem russos, comunistas ou desfiles militares. É a materialização dos prazeres da vida pelos estudantes de jornalismo que, precisando encarnar baixos salários e uma rotina massacrante de trabalho, aproveitavam o espaço para dessacralizar as pressões do cotidiano.

O sonho de uma revolução está de volta. Esta mensagem panfletária tem somente um propósito: conclamar as massas a lutarem por uma ideia que ficou renegada às traças vociferantes da censura no passado e que nunca mais reviveu a liberdade surubística estudantil. A briga pelo retorno desta sétima maravilha do mundo é uma reivindicação social, antes de tudo, legítima de respeito aos colegas que vivenciaram esta época de muita festa.

Os próximos dez dias que virão, caso a lista complete um abaixo assinado de dez nomes, podem abalar o mundo (e o curso de jornalismo). Depende somente de você.

Abaixo um vídeo comparando esta época com o que virou atualmente o espaço sepulcral e bacanístico do curso. Para quem não viu, um convite à história:

TSE admite que Sarney foi eleito dono do Brasil em 2006

Um jovem José Sarney celebra sua 1ª eleição: musa do carnaval de São Luís de 1922
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Maurício Lewandowsky, admitiu que os eleitores do Amapá escolheram em 2006, sem terem conhecimento, o dono do Brasil. A suspeita foi confirmada com a indicação do deputado federal Gastão Vieira (PMDB-MA), um apadrinhado de José Sarney, para o cargo de ministro do Turismo. O ex-presidente da república foi eleito, oficialmente pelo menos, senador com 152.486 votos. Isso mesmo: José Sarney recebeu a escritura do país em 2006 por um número de votos inferior à população da praia de Ingleses no verão.

"Já não dava mais pra esconder, né amigo? De novo botam um sujeito que não entende porra nenhuma de Turismo, uma pasta vital para o desenvolvimento econômico do país, única e exclusivamente porque o Sarney mandou... O que você quer que eu diga? Vamos parar de hipocrisia!", afirmou um revoltado Lewandowsky à reportagem do Laranjas. Ele admitiu que, apesar de acreditarem estar apertando o botão verde para eleger um senador, os eleitores amapaenses na verdade escolheram o dono do Brasil pelos próximos oito anos.

Lewandowsky explica que o acordo foi costurado pouco antes das urnas eletrônicas serem lacradas, através de uma gambiarra inexplicável, com a presença do próprio Sarney e do Osso, seu companheiro inseparável. Questionado se isso era justo, ou seja, se um estado com 360 mil eleitores poderia apontar um sujeito que mandaria nas ações de toma-lá-dá-cá no Brasil por oito anos, o ministro do TSE respondeu "não, óbvio que não é, mas o que você vai fazer a respeito disso?"

Pois é. Uma hashtag no Twitter, talvez?

Google quer ser Laranjasblog


Antevendo o sucesso irreversível deste blog, que deve chegar a casa dos 100 mil acessos diários na semana de aniversário*, a marca Google prestou uma singela homenagem em seu principal site nesta sexta-feira. A capa da empresa traz no topo a já conhecida logo do blog — duas laranjas escondendo o rosto, em meio a um pomar promíscuo de moranguinhos e goiabas — envolta por dois "g", dois "o", um "l" e um "e".

Em nota escrita especialmente para este post, a equipe do blog agradeceu a lembrança e aproveitou para convidar a todos os usuários da Google a se juntar aos leitores do blog numa orgia regada a bagaços de laranja e fanta com vodka barata, a ser realizada no Terminal Urbano do Saco dos Limões, terça-feira, 20 de setembro — aniversário de 4 anos do Laranjasblog.

*Fonte: Estimativas do Laranjas Analytics

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

[EXCLUSIVO] Wikileaks foi responsável pelo vazamento de fotos de Scarlett Johansson

"Agora não precisamos mais só imaginar"
A organização de Julian Assange foi a responsável pelo vazamento das fotos de Scarlett Johansson nua na tarde de ontem, dia 14. A informação nos foi passada por Natália Viana, uma das fundadoras da Agência Pública de Jornalismo Investigativo e única representante do Wikileaks no Brasil, durante uma conversa exclusiva com um repórter do LARANJAS enquanto tomava o café-da-manhã na cama.

Julian Assange, que atualmente está em regime de prisão domiciliar após acusação de agressão sexual a duas mulheres na Suécia, reafirmou o compromisso de seu site em trazer a verdade à tona. "Sempre levamos em conta o interesse público em primeiro lugar e, convenhamos, existe interesse público MAIOR do que ver a senhorita Johansson como veio ao mundo?"

O advogado da atriz americana emitiu uma nota nesta manhã pedindo a todos os sites que retirem as imagens, sob ameaça de processo, mostrando claramente que desconhece o funcionamento desta coisa maravilhosa chamada internet.

O LARANJAS teve acesso a algumas imagens exclusivas conseguidas pelo Wikileaks, mas se comprometeu a não divulgá-las, principalmente depois de testemunhar o poder destrutivo que essas fotos têm sobre algumas pessoas, que podem ficar horas trancadas em seus quartos sem conseguir sair, comer, beber água, ou estabelecer qualquer contato com outros seres humanos.

Em uma nota relacionada, o LARANJAS declara seu apoio incondicional à causa do site de Assange, e aplaude a coragem pela iniciativa de vazar as fotos.

Jornal do Almoço exibe maior vaca parada do estúdio

Cow Parade no Leste Europeu
Nesta quinta-feira, o programa de televisão da RBSTV, intitulado Jornal do Almoço, levou ao estúdio sua maior vaca. Ao lado da apresentadora Karin Fabiano, a exuberante peça de arte ficará no estúdio até o artista plástico Pinter Cóu terminar de pintá-la. "Nunca tinha entrado uma vaca deste tamanho aqui", revelou o apresentador Mário Ed Motta, após pedir para todos fazerem uma boa tarde.

A promoção segue uma modinha mundial de expor ao ridículo réplicas do animal sagrado no Oriente e sugado e comido no Ocidente. Nas versões catarinenses, o original deve prevalecer, com ilustrações que remetem a Serra Catarinense, peixes e a colonização alemã. O local de exposição escolhido para Florianópolis deve pegar os manezinhos de surpresa: Beira Mar Shopping.

Novos minicursos serão ministrados na 10ª Semana do Jornalismo na UFSC

A 10ª Semana de Jornalismo na UFSC está oferecendo novas opções para quem já cansou dos minicursos disponíveis. A ideia é que as alternativas promovam um ensino baseado nas necessidades da profissão – o que até o momento não ocorre, pois há uma quantidade razoável de alunos lendo jornais murais expostos no corredor do curso enquanto ocorrem as aulas.

A primeira proposta é para situações de extrema privação no jornalismo. O minicurso de “Produção de café extra-forte em meias soquetes” ajuda os alunos a confeccionarem café de qualidade em condições desfavoráveis, como no caso de correspondência de guerra. Neste mesmo parâmetro, visando preparar o foca a um ambiente insalubre e selvagem, o “Como lidar com o desemprego após a formatura” já está com dez páginas de lista de espera.

Uma das grandes inovações neste ano é a criação do “psicografia jornalística”. Pai-de-santo que o diga! Sempre houve a discussão no campo ético se o jornalista é ou não o gatekeeper das informações. No entanto, agora é a oportunidade de provar que ele pode ser o médium. Isso mesmo! O minicurso irá ensinar técnicas de entrevista com espíritos e transmissão de informações via teléus ou infernex (a rede de comunicação do céu ou inferno - depende para que lado você trabalha).

Além disso, a convite da equipe de organização, o pneumologista Carlos Tabaco Soares ministrará o curso que debate os destinos dos pulmões da profissão: “como diminuir a dependência ao cigarro”. Segundo pesquisa do centro de estudos da nicotina em Michigan, de cada dez jornalistas atuando na grande imprensa, cinco fumam quatro carteiras de cigarro por dia, três já perderam o pulmão esquerdo e dois infelizmente já não estão mais aqui para dar entrevista.

Em paralelo ocorrerá a mesa redonda pela internet de “Como conquistar mulheres nas redes sociais”. As cantadas que estão na moda, os novos approaches virtuais e a paudurescência em 140 caracteres serão tema para duas horas de discussão sem intervalo – porque toda logística de uma mesa redonda é para que sejam suficientemente longas a ponto de tornarem-se chatas.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Laranjadas da Semana [3] - Sabatina com a Agência Pública de Jornalismo Investigativo

- Apenas uma palestrante esteve presente para representar a Agência Pública, Natália Viana. A outra, Marina Amaral, alegou lesão e não viajou com o resto da delegação, sendo vista tomando algumas dezenas de saqueirinhas com o atacante Fred, do Fluminense;

- Natália, aliás, trouxe livros para tentar, de acordo com palavras da própria, subornar os presentes. Aqueles que fizessem as melhores perguntas levariam as publicações. No entanto, nenhum aluno da Estácio de Sá ganhou, apesar de terem feito questionamentos de nível muito superior;

- Falando nos livros, um dos membros da redação do LARANJAS foi agraciado, após intensa troca de olhares com a palestrante. O fato gerou extremo mal-estar com a patroa do rapaz, que acompanhava tudo pela internet. "Foi mal!", declarou o jovem. Após o fim da sabatina, no entanto, o intrépido e isento jornalista foi trocar algumas palavras com Natália, certamente apenas para pegar um autógrafo e fazer o bom e velho networking;

- Em uma laranjada completamente não relacionada à anterior, pedimos desculpas pela falta de qualidade deste post. Tomás Petersen era o Laranja designado para escrever este relato, mas, de última hora, teve um compromisso inadiável ainda para esta noite, que deve mantê-lo ocupado até amanhã no começo da tarde, quando sai o vôo para São Paulo levando uma certa jornalista independente para casa.

[ATUALIZAÇÃO - 15/09 02h20]
- De acordo com informações de Milena Lumini, uma das organizadoras do evento e mediadora da sabatina, o compromisso de Tomás Petersen deve se estender até o fim de semana, com a desculpa de que irá assistir o resto da programação da 10ª Semana de Jornalismo. De acordo com as investigações do LARANJAS, essa decisão de prolongar a estadia em Florianópolis foi tomada subitamente, durante um jantar a luz de velas com um dos ganhadores dos livros.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

LARANJAS é censurado na 10ª Semana do Jornalismo da UFSC

Rodrigo Martins, participante da mesa, entre os bundões da organização
O LARANJAS vem a público repudiar as ações da organização da 10ª Semana do Jornalismo da UFSC, que censurou as perguntas enviadas pelos repórteres do blog presentes à mesa de discussão a respeito de mídias sociais. Muito embora tenha feito perguntas de qualidade superior às que foram transmitidas aos participantes esquisitinhos da mesa, o LARANJAS foi claramente censurado pela mediadora Luísa Pinheiro.

Há quatro anos no ar, é a primeira vez que sofremos esse tipo de perseguição por outros jornalistas, já que a censura ao blog anteriormente era feita apenas pelo editor-chefe e Bruno Volpato, que sou eu. Não vamos aceitar esse ato terrorista desse bando de calouros fascistas futuros empregadinhos dos PIGs, e vamos reclamar em todas as redes sociais. Não vai ficar barato. Já criamos um evento no Facebook convocando uma marcha, além da hashtag #foramaranhão no Twitter já estar nos TTs da UFSC.

Cansamos de preconceito, mas não vamos abandonar a melhor cobertura desse megaevento, negando aos nossos milhares de leitores o direito à informação. Blogueiro de humor também é gente! TODA CENSURA É BURRA!!!

Webconferências Laranjas

Seguindo a onda de webconferências desta 10ª Semana do Jornalismo, nós, do LARANJAS (que não podemos ver algo fazendo sucesso que corremos para "homenagear"), não ficamos atrás. A partir da próxima sexta-feira, dia 16, damos início a uma série de psychconferências com os maiores nomes da história do jornalismo, como Edward Murrow, Paulo Francis, Ernest Hemingway, Apporelly (o Barão de Itararé), Stanislaw Ponte Preta e Euclides da Cunha.

Hunter Thompson falará sobre a facilidade em abordar fontes
Quem inaugura as Palestras Laranjas é o maior expoente do jornalismo foderengo do mundo, Hunter S. Thompson.

As palestras acontecerão toda sexta-feira, à meia-noite, e serão mediadas por Pai Toninho Preto. A vantagem é que, para participar, você não precisa estar conectado à internet, nem estar com o seu player atualizado. Basta apenas duas velas vermelhas, uma galinha preta, um prato de farofa e duas doses de cachaça (no caso da palestra inicial, aumente de duas doses para cinco garrafas de rum, três de whisky e meia dúzia de gim). Para uma melhor recepção do sinal, encruzilhadas são recomendadas.

Laranjadas da Semana [2.1] - Palestra de Zé Hamilton Ribeiro

Ao contrário de um de meus colegas de redação, que após postar a última Laranjada foi a um jantar romântico seguido de "ah, você sabe... [piscadela de olho]" com um certo palestrante septuagenário, existe uma parcela de nossa equipe que não se deixou levar pelo charme de sua voz suave, pela atração animal de sua barbicha grisalha, ou pelo poder foderengo de um homem com sete prêmios Esso na prateleira.

Isso dito, algumas observações feitas durante sua palestra desta noite de segunda-feira, dia 12.

- Contrariando as expectativas de que os filmes favoritos de um ex-correspondente de guerra ou jornalista velha-guarda badass motherfucker como José Hamilton Ribeiro fossem produções como Apocalipse Now, Couraçado Potemkin, Todos os Homens do Presidente ou, por que não?, Duelo na Hora do Banho, o de Zé Miltinho é não outro que Billy Elliott, aparentemente.

- Matando a charada sobre o sexo oposto, declara: "Da cintura pra baixo, a mulher tem controle. Dali pra cima, elas precisam de ajuda."

- Empolgado, ZH tenta vaga no LARANJAS:
"...tem a lua certa para plantar mandioca... a lua de mel."

- JET SKIS AÉREOS!!!! - isso não é nem engraçado, só é uma PUTA IDÉIA mesmo. Merece mais um Esso só por isso.

[ATUALIZAÇÃO - 13/09 12H45]

- Dois homens do curso de Jornalismo da UFSC não choraram ao ver a morte do potrinho, levantando sérias questões sobre sua homossexualidade.

- Zé Hamilton encerrou sua participação deixando uma pertinente pergunta a todos que assistiam, e que nós impertinentemente não iremos publicar. Estávamos todos chorando com a morte do potrinho.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Laranjadas da Semana [2] - Palestra de Zé Hamilton Ribeiro

Caro leitor:
havíamos pensado em várias piadas engraçadíssimas, porém maldosas, sobre o palestrante. A proposta era "perguntas que nunca seriam feitas ao José Hamilton Ribeiro". Porém, quando o velhinho começou a falar, percebemos que ele é tão fofo que seria de péssimo gosto fazer qualquer piada a respeito. Ultrajante, lamentável, contra todos os princípios éticos que nós, membros honorários do Partido da Imprensa Golpista, seguimos.

Com a situação toda, o auditório lotado, o renomado jornalista compartilhando suas experiências, a sede por conhecimento daquela juventude vigorosa, chegamos a duas e somente duas conclusões:

1 - Sobrancelhas não ficam grisalhas;
2 - Para a próxima Semana do Jornalismo, busquem patrocínio da Axe.

Gratos.

Laranjadas da Semana [1] - Mesa de Cobertura de Conflitos Agrários na Amazônia

- Pesquisa LARANJAS da plateia indica que: 78% nunca ouviram falar de cobertura jornalística de conflitos agrários na amazônia; 36% só vieram para reservar lugar para o Zé Hamilton Ribeiro; 14% estavam com o notebook ligado - facebook, twitter, etc.; 89% dos que fizeram pergunta as inventaram na hora para ter seu nome dito publicamente e em voz alta; 50% dos presentes eram da organização; 95% dos calouros bocejaram três vezes a cada cinco minutos. A margem de erro é de 12,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

- Alunos da Unisul que estiveram presentes relataram que essa foi a melhor aula de suas graduações.

- Giovanni Bello saiu antes do fim, cabisbaixo, triste por não terem dado uma câmera para ele.

- Aliás, finalmente esta organização se tocou que não precisa ficar tirando fotos incessantemente, a toda hora, o tempo todo, da mesa.

- Parabéns aos calouros, que com 1 mês de curso já são da organização!

- E a Isadora Mafra, também da equipe organizadora, que depois de três semanas continua bronzeada?

- E o Torugho, mediando a mesa sobre conflitos agrários, com uma puta cara de jagunço?

O mediador no centro, barbudo e descabelado, com cara de maluco

Ato simbólico para abrir a 10ª Semana do Jornalismo

Para saudar a 10ª Semana do Jornalismo da UFSC, moradores do Morro do Horácio dispararam seis tiros nesta madrugada, por volta de 1h. A cerimônia, que contou com a ajuda do BOPE, pôde ser ouvida em toda região que envolve o Maciço do Morro da Cruz, onde reside boa parte do público-alvo do evento.

Infelizmente, dois jovens receberam alguns destes tiros no ato simbólico e não poderão acompanhar as atividades, mesas-redondas e palestras a serem realizadas no Centro de Comunicação e Expressão da UFSC durante a próxima semana.

Além dos dois mortos, outros três rapazes ainda não foram encontrados e também não devem aparecer no auditório Henrique Fontes, onde passarão nomes consagrados da imprensa brasileira como Daniel Bramatti, Luiz Antônio Araújo e Luiz Iria, além de um José e um João.

Pelo twitter @semanadojor, a organização do evento lamentou as consequências do ato espontâneo praticado pela comunidade do local com a ajuda do BOPE, mas agradeceu a intenção. "A ansiedade que antecede o início de um evento grandioso, pode nos levar a cometer certos exageros. #lutonohoracio".

domingo, 11 de setembro de 2011

Cobertura especial do LaranjasBlog no dia da Parada da Diversidade


Ainda em agosto, o decalque gigante já estampava a fachada do principal shopping da Beira-Mar Norte, em Florianópolis. Anunciava o amor acima de tudo, contra todas as diferenças. Pois enfim chegou o tão esperado 11 de setembro, histórico em vários países e no mundo por tabela. Sob um sol ainda tímido pelo chega pra lá que levou da chuva na última semana, catarinenses de todas as idades receberam de celulite, buço suado e purpurina "genthis" de todos os cantos para mais uma Parada da Diversidade.

Dada a relevância do evento, por volta das 16 horas o LaranjasBlog se vestiu a caráter, reuniu todos os equipamentos disponíveis, pesquisou, coletou um número razoável de informações importantes e partiu para a cobertura de uma pescaria na Caieira da Barra do Sul, no último paralelepípedo da Baldicero Filomeno, extremo-sul da Ilha de Santa Catarina, quase Naufragados.

Munidos apenas com tarrafas, os moradores daquelas paragens Zézo, Filó e Amadeu lutavam, de pés e canelas encobertos pelo mar gelado, contra os peixes, claro, mas sobretudo contra o vento forte que vinha de encontro a costa. "Não é bom dia para pesca, seu repórter. Não tinha assunto melhor para vocês cobrir (sic) hoje não?", resmungou Filó, 45 anos, batendo a mandíbula rapidamente no maxilar.

Certos de que tínhamos acertado na pauta, resolvemos ser solidários ao esforço de nossos três personagens e também entramos no mar esverdeado, devido a um lodo pegajoso que predomina no fundo. O sol, este fraco, foi dando lugar a nuvens, e o gelo da água começou a castigar os ossos da canela. "Traz a cachaça!", bradou seu Zézo, 62, que lançava pela décima vez sua ferramenta de náilon, sem qualquer perspectiva de sucesso.



O cheiro do ambiente lembra um peido que está passando. Nem gaivotas testemunhavam aquela empreitada. Filó e Amadeu (de 15 anos) estavam a 100 metros mar adentro em busca de algum mísero cardume quando uma rural estacionou na beira da estrada. A esposa de Filó, filha de Zézo e mãe do Amadeu, dona Nadir, se posicionou nas pedras quase entrando no mar e, com as mãos cerradas apoiadas na cintura, bradou com uma raiva que fez estremecer os três sujeitos. "O que os senhores estão fazendo aqui, posso saber?! Já não falei que domingo é sagrado. Nada de pesca, nada de cachaça e nada de futebol! Pro carro os três, vamos!".

Encolhidos, olharam-se, entregues ao sentimento de culpa cristã. Sem dar qualquer explicação para a reportagem do blog ali presente saíram da água (estupidamente gelada) arrastando as tarrafas e a garrafa de cachaça quase vazia.

Voltando para a cidade que parou em nome do amor e contra as diferenças, nossa equipe tinha só um pensamento - Zézo, Filó e Amadeu nunca iriam a uma Parada da Diversidade.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

10ª Semana de Jornalismo começa com o pé na porta

Inovando com ousadia, a 10ª Semana de Jornalismo da UFSC mostrou que esta edição vai abalar os próximos dias no melhor Curso de Jornalismo do país. Empolgado com a abertura do evento, Alecs Sobradinho, aluno da terceira, quarta e quinta fase da graduação, quando soube que nesta sexta-feira já tem palestra, não hesitou - pegou um artigo da velharia que se acumula no Departamento e atirou contra a porta de vidro que dá acesso ao corredor.

Testemunhas que acompanharam o ato intepestivo relataram que o estudante teria questionado minutos antes "Hoje tem Semana?". Ao ouvir "Tem, sim senhor!", o jovem entrou rapidamente na secretaria abandonada desde o início da greve e saiu segurando um monitor "tubo". Ainda com sorriso no rosto levantou e jogou contra a porta de vidro, que continha vários avisos importantes.

A chefe do Departamento, Batte Peixeira, imediatamente acionou a segurança para denunciar o ato, considerado em reunião extraordinária do departamento como vandalismo por unanimidade. "A Semana de Jornalismo é muito válida, mas o computador ainda funcionava, né? Podia ter jogado aquele retroprojetor da sala 009, que não funciona nunca", argumentou.

Alecs Sobradinho tem 25 anos e não gosta de rotina, nem de portas de vidro. Como punição, o colegiado do curso solicitou a secretaria do DESEG que ele cole os avisos pelo corpo até a conclusão da reforma.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Procurando reencontrar seus (e)leitores, César Maia anuncia criação de seu Sex-Blog

O ex-prefeito em ação no Sex-Blog
Lutando contra a irrelevância política, o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia anunciou a criação de seu Sex-Blog, novo canal de comunicação com o que resta de seus eleitores. "A internet nos proporciona esse contato direto com o cidadão, fazendo com que o agente público possa se expôr de forma completa e sem censura", afirma o.. ahn... agente público.

O novo serviço exigirá assinatura, no valor de R$ 5,90 por um dia, R$ 29,90 por um mês e R$ 99,90 na taxa anual. "Meus leitores terão acesso a fotos e vídeos exclusivos, além de chats ao vivo pela twitcam com tema livre, em que poderão fazer solicitações", conta Maia. No Sex-Blog, ele ainda falará sobre seu dia-a-dia, com temas como corpo-a-corpo com eleitores, fidelidade partidária e troca de favores.

Acusado por opositores de estar transformando a atividade política numa grande putaria, o ex-prefeito respondeu, de forma enigmática, que "esse bonde já saiu faz tempo, descarrilou até". Procurado pela reportagem do LARANJAS, o deputado federal Rodrigo Maia defendeu o pai, dizendo que sempre teve curiosidade em saber como foi concebido. Já o presidente do Câmara dos Deputados, Marco Maia, esclareceu que não é parente do ex-prefeito carioca.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Empresa lança produto inovador

Fãs já estavam na fila desde março, quando anunciaram o anúncio do produto
Detroit, MI - Durante conferência para um auditório lotado, o presidente excêntrico da empresa moderna de tecnologia anunciou o seu novo produto. Supostamente revolucionário, este produto promete criar uma falsa sensação de necessidade ao consumidor. O produto vai estar disponível para os consumidores a partir de amanhã, mas uma nova versão, que irá torná-lo obsoleto, já está pronta. 

“Pretendemos atrair bilhões de dólares em investimentos, para só depois procurar uma forma de gerar renda com isso”, afirmou o CEO, em tom despojado. O interesse desses investidores na verdade está nas informações pessoais concedidas gratuitamente pelos usuários: elas são usadas desde na publicidade direcionada e até vendidas para órgãos de governos. 

Nem havia terminado a conferência, centenas de fãs já formavam fila na loja da empresa, em Detroit, Michigan. O estudante de design, que estava em primeiro lugar na fila, explicou a euforia: “Todos os produtos lançados por essa empresa são geniais, principalmente no design inovador”. Já o publicitário, que estava logo atrás, apontou outra utilidade: “Esse produto vai representar uma verdadeira revolução na forma das pessoas se comunicarem”. O preço inicial do produto ainda não foi divulgado, mas já está programado um desconto de 50% para daqui a seis meses.