quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Redes sociais causam mais uma revolta árabe

Depois de derrubar o governo, a primeira providência será baixar os impostos sobre eletrônicos
Omã – Cerca de 5 mil manifestantes estão ocupando a praça central da capital Mascate para reivindicar a saída do sultão Qaboos ibn Sa’id Al ‘Bu Sa’id, que governa o país desde 1970. Os protestos começaram na tarde dessa quarta-feira (21) e tiveram ampla divulgação das redes sociais. Por enquanto, não há registros de violência por parte dos manifestantes, mas a guarda do palácio está a postos para qualquer agitação.

O estopim de tudo, segundo manifestantes, foi as mudanças na navegação do Facebook, que acrescentou novas ferramentas para seus usuários.  “Não temos direito a votar, não temos um estado democrata, nem liberdades como de culto, expressão e política. Daí vem o Mark Zuckerberg, aquele judeuzinho, e muda o Face pra pior. Vamos quebrar tudo se esse sultão não sair!”, afirmou o usuário do twitter @Abdul_Al_Ahraad.  “O Face é nosso!”, twitou logo em seguida.

O sultão garantiu que vai tomar medidas para resolver a situação. “Estou entrando em contato com Zuckerberg. Apesar de ele ser judeu, temos que respeitar nossas diferenças em nome da paz e da ordem”, afirmou ‘Bu Sa’id. A proposta dele é, pelo menos em Omã, o Facebook voltar ao que era antes. “Eles têm que perceber que essa geração Y é muito ortodoxa quando o assunto é internet”, concluiu o premiê Omanense.

O assunto também repercutiu no restante do mundo. O chefe do Departamento de Obviedades da Universidade de Michigan John McKeena afirmou que “as redes sociais tem um papel importante no contexto da globalização, são revolucionárias”. Já na Itália, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi lembrou-se das férias de 93, quando fez um tour na companhia de Qadaffie pelos países árebes. “Bons tempos... O Qaboos fechou o melhor harém dele só pra gente, várias virgenzinhas de 16 anos. Lá isso é permitido, ao contrário desse país de merda”, rememorou.

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