Festas Laranjas em seu primeiro ano eram as mais divertidas do curso. Eu morria de inveja |
Eu ainda nem fazia parte da redação e já observava com inveja o sucesso absoluto que todos os seus membros adquiriam com as mulheres do curso de Jornalismo da UFSC. Festas constantes regadas a álcool e sexo livre e fácil marcaram seu ano de estréia, e eu só sabia que tinha que conseguir minha vaga nessa mamata de qualquer forma, não importando quão escusos seriam os métodos para sacramentar minha adesão.
Assim sendo, como qualquer jornalista que se preze tem de fazer ao longo de sua carreira, ofereci a total e irrevogável prostituição de minha ética deontológica ao editor-chefe e cafetão Bruno Volpato durante as férias de janeiro de 2009. Conseguia, enfim, a promessa de nunca mais ter que suar para conseguir a companhia das jovens estudantes maravilhadas que infestam os corredores do aquário.
Mal sabia eu, no entanto, que o que vêm fácil, vai fácil. O LARANJAS entrou então em uma época de nefasto ostracismo, a qual me recuso a acreditar ser o culpado. Dei o sangue por este blog, dediquei horas de trabalho para que conseguíssemos sair da sombra de gigantes como O Pasquim, Bundas, Onion e o Jornal da Globo, referências internacionais no Jornalismo de Humor. Infelizmente, o saldo para nossa equipe não é dos mais felizes.
Chegamos ao quarto ano de existência com quatro membros totalmente domados, reféns daquelas que juraram jamais colocar na frente dos companheiros de batalha. Marcone e eu, após o divórcio (o amor não acabou. Eu culpo a gonorréia) de nosso relacionamento de mais de 30 meses, somos agora os últimos bastiões do orgulho macho por essas bandas, e não é como se a vida tivesse sido fácil. É verdade, pode perguntar por aí. Ralamos pra caramba nestes últimos tempos. Afinal, casos extra-conjugais sempre foram encarados com muita naturalidade por ambos.
Acho que o que estou tentando dizer é: parabéns, LARANJAS. E muito obrigado por todos os abraços, todas as palavras de apoio, todos as risadas e sorrisos sinceros, todas as caminhadas pela praia sob a luz do luar, todos os ombros amigos, todos os afagos e todas as deitadas de conchinha após o coito, mas vocês merecem mais. Não, não são vocês, sou eu. Acho que não estou pronto para esse tipo de comprometimento. Queremos coisas diferentes e quatro anos é um tempão, né? Ainda há tanto o que fazer com as nossas vidas... Não, por favor, não faça cena. Com o tempo vocês verão que é melhor para todo mundo. Olha, ainda gosto muito de vocês e não quero perder a amizade. Podemos ser amigos. Isso, por favor, pare de chorar. Eu te ligo. A gente se vê por aí.
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