quinta-feira, 28 de julho de 2011

Por um porto que possa chamar de seu

No Brasil de terra na unha e calo no pé planta-se, colhe-se, mas só armazena-se. A observação vem dos produtores rurais espalhados pelos latifúndios deste país. Em cabines modernas de suas colheitadeiras zero quilômetro, com filhas debutando na Disney e mulheres organizando a segunda reforma da mansão no ano, estes desbravadores veem com pessimismo a atual capacidade portuária brasileira.

Representantes do setor se reuniram informalmente ao final do último leilão milionário de nelores P.O., ocorrido semana passada na fazenda Tortuga, no município de Uberaba-MG. O encontro rendeu algumas ligações a Brasília, três jatos preparados para partida imediata, garrafas de Jhonny Walker Black vazias, acompanhantes de luxo frustradas e uma inciativa de campanha nacional por uma melhoria na situação – ninguém pode plantar um pé de soja a mais em terras brasileiras.

Segundo levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, alguns estados das regiões Norte e Nordeste deixaram de produzir três milhões de toneladas de soja e milho por não haver portos marítimos suficientes para escoamento da produção. Além disso, cerca de 50 mil empregos não foram gerados. Há resistência por parte do governo em privatização e todo orçamento está comprometido com os bolsos de quem gerencia futuros eventos esportivos de federações suspeitas.

Neste contexo, o relatório conclusivo, elaborado pelo consultor de Logística e Infraestrutura da CNA, Luiz Antônio Fayet, será apresentado à Câmara dos Deputados para apreciação após o recesso, juntamente com uma proposta ousada. O navio que não encontrar no litoral brasileiro onde jogar sua âncora, que bote no traseiro da presidente (a) Dilma Rousseff.

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