sábado, 27 de outubro de 2007

Momento Nostalgia!

Devido a falta de notícias de meus colegas, de relativo abandono do blog e de nenhuma novidade aqui em Kirkuk, venho por meio desta crônica falar de algo extremamente batido e que não possui nada de novo. Foi uma crônica que fiz no cursinho! Aproveitem.

Lingua de todos!

Durante anos tentou-se criar uma língua de todos os povos, a qual foi chamada de “esperanto”. Criado nos padrões do que havia de melhor nas estruturas lingüísticas do mundo, o esperanto de tanto agradar a todos, não agradou a ninguém. De tão belo que é se tornou difícil de ser usado. Em contraponto, uma língua rasteira e simples conquistou o planeta. O inglês substituiu o esperanto por que este se demonstrou ineficiente para integrar uma massa que desejava se comunicar.
Atualmente na rede internet está se formando uma nova forma de escritas do nosso português, o qual os cultos apelidaram de “internetês”. Isso nada mais é do que um processo normal de transformação lingüística. Porém, desta vez, os jovens estão no comando, defendendo uma escrita sem regras contra a erudição acadêmica. Enquanto isso os intelectuais ficam reclusos em suas cascas de noz, com seus livros cinco estrelas, os quais nenhum, ou quase nenhum, “internetiano” é capaz de compreender.
Arcaicos, porém dentro do padrão, os imortais da Academia Brasileira de Letras estão indignados com tanto anarquismo e falta de controle na escrita virtual. Os mais experientes mestres intelectuais do português se mantêm inertes à evolução da língua digital, enquanto o mundo cada vez mais veloz “bate palma” a todo novo invento, os mais conservadores não querem aceitar a virada do tabuleiro.
Os puros rebeldes digitam errado e se entendem certo ao passo que os imortais escrevem certo para um público mínimo. Essa é a grande amargura do academismo brasileiro. Sua língua é regrada e difícil, como o esperanto, e por isso linda. Mas o internetês é facilmente aprendido em dois meses de conversas virtuais. Esse é o novo duelo. A praticidade já ganhou uma vez. E agora?

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