quarta-feira, 7 de julho de 2010

Carta ao leitor

O LARANJAS volta à ativa após meses de inatividade e vem por meio desta dar satisfações a seu público. O motivo de nosso desaparecimento é apenas um: álcool, mulheres e orgias homéricas regadas a muita bebida.

Tudo começou no final de março, quando toda a equipe do LARANJAS fazia sua usual reunião de pauta no local conhecido como "Meu Escritório", localizado no bairro do Pantanal, Florianópolis, SC. Organizávamos um grande trabalho de investigação envolvendo mais de 537 pessoas, 295 helicópteros, 45 jatinhos particulares e duas lambretas. O objetivo era levar a você toda a verdade por trás dos interesses escusos das grandes companhias produtoras de rabanetes industrializados e a misteriosa relação entre a pinta de Marilyn Monroe e o bigode de Grouxo Marx. Discutíamos os últimos detalhes da mega-operação quando, aproximadamente após a quadragésima quarta garrafa, misteriosamente todos desmaiaram - suspeita-se de envenenamento.

Acordamos no dia seguinte em frente a um inferninho dos mais suspeitos no centro da cidade, deitados em uma poça de nosso próprio vômito. Estávamos todos muito assustados - o que poderiam ter feito conosco naquele antro de pornografias?

Lembro muito bem da cena: Bruno Volpato, nosso destemido líder, se atracava com uma vagabunda que tentava lhe tomar um dinheiro que obviamente não tínhamos, mas que ela jurava que devíamos a ela; Rafael Hertel apenas balbuciava - "Azazazaza" - palavras sem sentido; Marcone Tavella, visivelmente incomodado com a falta de um lago para chamar de seu, perseguia incessantemente uma ema que, estou certo, existia apenas em sua imaginação; Tomás Petersen, o mais lúcido, como sempre, já localizava e travava mira em uma ninfeta que passava do outro lado da rua; e eu, César Soto, apenas chorava copiosamente em posição fetal, encolhido na calçada.

Sem pistas do que havia acontecido na madrugada anterior, com as bocas secas, as cabeças doendo e as virilhas levemente irritadas (sim, chatos), adentramos então em um mundo de cachaças baratas, mulheres fáceis e motéis imundos em busca de algo que esclarecesse nossas dúvidas.

Hoje, mais de três meses depois, finalmente voltamos a nossas vidas de sempre com a seguinte conclusão: a de que falhamos miseravelmente em descobrir qualquer coisa. Bem, isso, e que herpes é uma coisa que você não quer contrair.

Mesmo assim, estamos de volta! Com a cabeça erguida, muitas lições aprendidas, diversas DSTs adquiridas e com pomadas aplicadas em lugares estratégicos, apenas para trazer a você, fiel e constante leitor, o melhor da informação engraçadinha da internet.

Pois, se há algo que tiramos destes meses na obscuridade, é que é muito importante conseguir dar aquela gozada da vida.

Principalmente se você tiver gonorréia.