sexta-feira, 9 de julho de 2010

Atriz tem atuação prejudicada por veto judicial

É poético sim a cena vetada pela Justiça Paulista, em que a atriz emancipada Malu Rodrigues, de 16 anos, mostra o seio direito no final do primeiro ato do musical da Broadway O Despertar da Primavera, do autor alemão Frank Wedekind. O espetáculo, que trata de sexo, homossexualidade, incesto e suicídio durante a adolescência e ignora métodos de concretagem com restos mortais de humanos, reestreia no sábado (10), em São Paulo.


O Laranjas teve acesso, na tarde desta quinta-feira (8), ao ensaio da peça que resultou em uma sentença judicial. Após sete repetições do ato em questão, que inclui ainda uma simulação de sexo da jovem emancipada, comprovamos que o juiz titular da Vara Central da Infância e Juventude de São Paulo, Adalberto José Queiroz Telles de Camargo Aranha Filho, tem um nome grande por demais.


Em defesa da arte, nossa reportagem se dispôs a acompanhar mais sete ensaios no Teatro Shopping Frei Caneca, local do espetáculo. “Não tem nada de pornografia. É o descobrimento do amor, não do sexo. É muito poético!”, sentenciou satisfeito o mais novo dos cinco, seguindo o que disse a própria moça em entrevista divulgada nesta semana. Na sequência, acionamos o departamento jurídico do Blog para tomarmos uma cerveja.


Após fracassarmos no nosso apelo à Justiça, a cena foi modificada e a jovem não mostrará seus atributos durante a peça. Nós da redação, que vimos o que a audiência nunca verá, sentimos profundamente, em nome da arte.

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