domingo, 25 de julho de 2010

TSE define comportamento do Humor nas eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou novas regras para quem queira tirar com a careca do Serra ou com a cara de Coringa da Dilma: só se for politicamente correto. Como assim? Segundo a resolução 23.191/2009 da corte, qualquer piada que “degrade ou ridicularize candidato, partido político ou coligação” será vetada. E isso não tem graça nenhuma.

Por exemplo: programas humorísticos que viam nos candidatos bizarros uma solução para audiência neste semestre terão que se contentar chupando o dedo que o lula não tem. As Organizações Tabajara voltarão a lançar produtos, para o terror de todos; será reprisado o CQTESTE do Inri Cristo na Band; o Zina será promovido a apresentador do Pânico na TV; e, pasmem, veremos paródias de “Baby” cantado por Justin Biba no Legendários. Sites de humor na internet voltarão a vender pornografia (inclusive este), descontentados com o veto para oportunidade única de publicar “tuites” de candidatos durante as eleições.

O LARANJAS, como instituição responsável pelo humor neste país, já mandou uma carta para o TSE pedindo para voltar às normas como eram no período de ditadura. Pois naquela época, a piada, mesmo a cacetadas, florescia como nunca. Inclusive nosso repórter pós-graduado no Instituto Tecnológico de Boston passou algumas horas redigindo-a no banheiro, como nos bons tempos em que se mandava telex para o Médici. Ainda não recebemos resposta.

Além disso, em entrevista exclusiva concedida pelo Humor, nosso caro amigo, ele declarou, enquanto tomava um gole de whisky, o quanto estava preocupado com o futuro político do Brasil. “O nosso país é o único lugar no mundo onde fruta se candidata - é o que eu acrescentaria ao adágio de Tim Maia. Nada contra, mas com esse veto do TSE nem podemos falar de seus dotes políticos ou cítricos para tal eleição. E porra, quem é que define meu comportamento se não é eu mesmo? Esse tribunal tá de sacanagem”.

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