quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Feliz Ano Novo

Dormia tranquilamente quando de repente fui acordado pelos sinos badalantes de meu “mobile”. O chuveiro estragado garantiu o meu despertar. Congelei. Após o choque térmico, caminhei paulatinamente pelo meu quarto a fim de arrumar alguns apetrechos necessários para uma boa viagem. Consegui reunir os itens indispensáveis em uma mala finalmente adquirida em 4 parcelas de 10 reais nas Casas Bahia. Separei a quantia de 70 reais e pensei: “Não vou gastar tudo, mas vou levar por garantia”. Finalmente o caminho a praia não dependia de um coletivo, mas sim de uma carona. Coletiva sim, mas coletivo não. A ida foi deliciosa, mas me lembrei: “Não Comi”! Comecei a desesperar ao sentir a fadiga proporcionada pela falta de alimentos no organismo. Foi aí que meu amigo Paulo parou num posto e falou: “Te vira moleque”. Saí de lá e comprei dois folheados de frango catupiry e uma água Aquarius, deixando no posto à quantia de 7 reais. Agora estava pronto.
Chegamos a Jurerê Beach às 7 horas da manhã e o plano enfim dera certo: sair cedo para não pegar trânsito. Na praia só havia pessoas licenciadas pela prefeitura, para alugar guarda-sóis, cadeiras e para vender muitas iguarias, como água de coco, queijos e cerveja. Começamos a caminhar. Chegando a Jurerê Internacional tivemos vergonha de ter ido à praia de chinelo, pois aquela altura (aproximadamente 8 da manhã) só se via, na praia, ricaços caminhando e correndo com suas singelas roupas de marca e tênis estupendamente caros. Ninguém de chinelo. Resolvemos voltar. Novamente chegando a Jurerê Beach às 9 horas e as primeiras pessoas de chinelo começaram a aparecer. Ficamos Felizes, mas foi momentâneo, pois o Sol ainda estava tímido e inibido no meio de suas gloriosas companheiras, as nuvens. O que fazer numa praia sem Sol, com pouca gente e de chinelo...
- Olha o Queijo!
Foi a tentação. Deixei com o vendedor mais R$2,50. Mas tudo bem, estava feliz. O queijo era gostoso.
Esperei fazer a digestão. Aluguei um guarda-sol e depois me dirigi ao mar a fim de nadar. Aprendi o nado “Craw”. Olhei a praia: “Meus Deus quantas crianças”. Olhei ao redor: “Meus Deus quantos casais de Tiozinhos”. Estavam quase ao ponto de Danizinha em alguma praia da Espanha. “Caliente, Bejos, El amor, Craw...”. Realmente era hora de nadar aquilo que acabara de aprender para passar o tempo. Finalmente chega a hora do almoço. R$20. Realmente não nasci para esta praia. Depois vimos algo que nos estarreceu. Numa esquina do centrinho de Jurerê tinha o Supermercado BRÁULIO. Sim. BRÁULIO. Na realidade era quase um shopping center. Ducha, sanitário, abrigo da chuva. E ainda ganhamos desconto nas compras. Compras? Sim no fim do dia eu já havia gastado meus 70 reais. Cheguei em casa as duas da manhã, após os fogos da virada. Dia incrível.

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