terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Tem Coisas que o Dinheiro Não Compra. Para Estas Coisas Existe o Cartão de Crédito Corporativo

Cartão de Crédito Corporativo. Pauta escândalo da vez, por parte dos que governam, legislam e julgam neste país. Cartãos de Crédito Corporativo, assunto que surge com a perspectiva de ser tão chato e batido na mídia nacional como foi o mensalão. Chato e batido, pois daqui duas semanas ninguém quer saber se ministro comprou uma lixeira de mil reais ou se comprou uma tapioca de oito. Vão dizer simplesmente "são um bando de *&¨%#" e torcer para que o BBB8 comece logo. Ou então, no caso do impresso, partir logo para os esportes e as sociais. Cartão Corporativo que é uma ínfima sujeira perto do chiqueiro em que Brasília se tornou ao longo desta noviça democracia que, infelizmente para a nação, aprendeu muito com a ditadura, mas não para contradizê-la e sim para admirá-la e copiá-la em aspectos como o uso indevido e covarde do dinheiro público, por exemplo.

Mas como todo brasileiro é doido pelo mal feito. Adorariam que caísse um cartão assim, sem limites, em suas mãos. O Laranjas abre sua vendinha de produtos e ainda aconselha como gastarem no imaginário seus cartões ilimitados de forma a render frutos satisfatórios. Imaginário, é claro, pois não possuímos dinheiro público para torrar assim a toa.

- Que tal uma privada de 60 km de diâmetro e 150 m de altura com caixa de descarga integrada, sendo que a taxa de serviço é paga ao cliente, se este escolher depositar esta engenhosidade da arquitatura moderna em cima de outro exemplo de arquitetura que é a nossa capital, Brasília. Sai somente por... isto não interessa. O cartão é ilimitado. Dinheiro público não é todo mundo que tem a chance de gastar assim.

- Se você preferir. Temos também uma barraca de tapioca com equipamentos de última geração instalada a menos de 1 km do Congresso Nacional, com o slogan "Tapioca só com Cartão. Desconto no Corporativo." O lucro estimado é de R$ 12566,45 por mês, isto se a tripulação do aerolula não pararem para fazer uma boquinha.

- Se você é um brasileiro, mas também é político (senador ou deputado federal), mas nunca participou da repartição do bolo, porém é inundado de outros interesses dentro da política. A dica é que recolha tantas assinaturas possíveis, dependendo de qual "casa" estiver, e compre uma CPI com relator e presidente do seu "time" com o cartão que tudo compra. Pode conseguir lá na frente um cargo administrativo de peso. Se for da base aliada, suas chances triplicam e se for do PMDB, eleva-se a potência n.

obs: São Paulo não penetrou porque Brasília fingiu estar com dor de cabeça e não quis sua presença neste post. Preferiu se fuder sozinha.

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