O novo comandante cubano, Raul Castro, já prepara a transição da ilha para o capitalismo. Castrinho, como é conhecido, não quer perder tempo e não vai esperar nem o cadáver de seu irmão Fidel começar a feder. Ele garante, porém, que Cuba não se abrirá como uma prostituta de porto ao ver um navio com bandeira americana, mas sim ao estilo de uma jovem concubina japonesa, aos pouquinhos, fazendo charme e exigindo boas garantias financeiras. Em suma, por enquanto, Cuba e o capitalismo estão apenas ficando, sem assumir compromissos mais sérios.
Castrinho registrou sua desconfiança em relação ao sistema capitalista, mas crê que é impossível que os cubanos continuem a viver como hoje: educados, porém sem poder expressar nem debater pontos de vista, e saudáveis, porém sem possibilidades de dar uma nadadinha até a Flórida sem serem perturbados. Ele afirma que o cubano médio quer ter acesso a mais coisas, mas não necessariamente iguais às de seu vizinho.
O desafio de Cuba, agora, é diversificar seu parque industrial, apostando no incremento das exportações como forma de atrair capital. O modelo a ser seguido é o chinês, com suas centenas de multinacionais e milhares de produtos piratas. Castrinho afirma que não quer acabar como a Rússia, que, ao se abrir (talvez "se arreganhar" seja um termo melhor), apostou no Lada como carro chefe de seu comércio exterior e acabou demorando anos para perceber a galinha de ovos de ouro na exportação ilegal de ogivas nucleares e fuziz AK-47 para ditadores de todas as partes do mundo. Ou acabar como a Alemanha Oriental, que só exportava alemães orientais.
Raul Castro terminou seu discurso convidando empresários de todos os ramos a investirem em Cuba, vendendo-a como uma terra de oportunidades "maior que aqueles traíras de Porto Rico". Convidou também os jornalista presentes a repassarem o know-how sobre coisas como liberdade de imprensa e de expressão, coisas com que os editores do jornal Granma não estão familiarizados. "Vocês poderão editar até a coluna do Fidel", disse ele. É esperar pra ver.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Raul Castro anuncia como vai se dar a abertura de Cuba
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2 comentários:
Que transição para o capitalismo? Cuba vai aderir ao socialismo de mercado (seja lá o que isso signifique), no melhor estilo Deng Xiaoping.
Ele garante, porém, que Cuba não se abrirá como uma prostituta de porto ao ver um navio com bandeira americana, mas sim ao estilo de uma jovem concubina japonesa, aos pouquinhos, fazendo charme e exigindo boas garantias financeiras. Em suma, por enquanto, Cuba e o capitalismo estão apenas ficando, sem assumir compromissos mais sérios.
SENSACIONAL! HAHAHAHAHAHAHAHAHA
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