terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Nota de esclarecimento!

Ao contrário do que insistentemente vem dizendo a oposição golpista eu não fui desligado oficialmente do Blog devido ao desaparecimento de leitores sempre após meus textos. A queda de audiência nada tem a ver comigo na forma existencial e prática do meu ser. O acontecido foi que como todo bom brasileiro, eu não tenho vontade de trabalhar no verão. Meu celular permaneceu desligado impossibilitando a contato por parte de meus amigos blogueiros. Estava num retiro psicológico, moral e quântico destinado a espairecer meu modo de vida libertino e compulsivo por coca-cola, apesar de ser um símbolo do domínio cultural americano sobre nós, pobres latinos.
Após uma falha técnica de comunicação entre mim e meus ancestrais familiares, eles recarregaram a bateria de meu celular e possibilitaram o contato com o mundo exterior e assim sendo, com meus companheiros blogueiros e os fãs do nosso querido blog alaranjado. Então, por meio desta notificação venho a público pedir desculpas pela minha ausência, ou talvez desculpas pela minha volta, se preferirem. Meus projetos serão retomados daqui por diante.
Aquele abraço!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Porque Cagar... É um Sinal de Vida

Estudos realizados pela Universidade da Mongólia, localizada na Ásia Central, comprovam que quem defeca sentado ao vaso sanitário tem menos chance de receber respingos de fezes e água sanitária do que os indivíduos que obram em pé sobre o trono. A pesquisa surgiu após o ator grego mundialmente famoso, Antonis Chalkias, declarar em entrevista à uma TV albanesa que desde criancinha faz suas necessidades com os pés apoiados na borda da privada e, deste modo, se coloca de cócoras para *#$¿®. Chalkias acrescentou ainda que lê um gibi de 70 páginas tranquilamente cada vez que tranca a porta do banheiro para concluir tal missão.

Sobre o estudo... a pesquisa foi realizada em várias regiões do globo que não estão em guerra, por motivos óbvios (uma cagada nestas regiões muitas vezes é feita na rua mesmo, de roupa e tudo, basta uma multidão com facões surgir numa esquina ou uma troca de tiros acontecer de repente. Além disso, eles não têm a calma necessária para a análise em questão, enfim...). Chegou-se a conclusão de que em cada dez pessoas que evacuam sentados, num vaso padrão de 50 cm, duas apresentam resquícios do componente orgânico recém liberado. Já a proporção da outra posição, que segue o exemplo do glorioso Antonis Chalkias, é de oito por dez.

Ainda sobre este momento sagrado do ser humano, seguiram-se outras pesquisas importantes:
- Três entre dez cidadãos do mundo liberam o intestino na Posição Chalkias (homenagem da Universidade da Mongólia);
- Sim, gostosas cagam também e com fedor equivalente ao das barangas, dizem os especialistas;
- *Há 2366 produções acadêmicas e/ou literárias sobre o tema, entre artigos, obras, periódicos,etc;
- 43 % dos entrevistados declararam que tomaram decisões importantes enquanto soltavam o barro;
- Somente 11 % deram risada daquela velha piadinha sobre ser uma dádiva da natureza a vaca não voar como os pombos, que não pensam nenhuma vez para cagar sobre nossas cabeças;
- Morrer obrando, ser pego no ato e evacuar em lugares públicos ou na própria roupa, foram escolhidos como as piores situações relacionados ao assunto;
- 37 % definiram o momento como sendo sagrado, fazem algum tipo de ritual, tem alguma mania, decoraram o banheiro pensando no momento de sentar-se ao trono (uns até fizeram vasos personalizados), saem de festas para defecar e voltam, olham o cocô indo embora, entre outras maluquices.

A Universidade da Mongólia notificou que segue fazendo pesquisas sobre o assunto particular mais universal da humanidade. Trata do assunto de maneira científica com o objetivo de desmitificar este tema e torná-lo pauta banal das conversas cotidianas entre as pessoas. Conclui dizendo que não dá a mínima para os frescos e frescas que ao lerem este artigo sintam nojo ou coisas do tipo e considera uma total ignorância e hipocrisia por parte destes.

O Laranjasblog, aproveitando a deixa da Universidade da Mongólia, apresenta aos leitores uma letra de música popular brasileira que trata sobre o tema. Os autores são Hermes e Renato e o título da canção é "Cagar é bom demais!":

Cagar é bom quando a gente tá em paz
ouvindo na água o som
que a merda caindo faz

cagar molinho,
cagar durinho,
cagar soltinho,
de qualquer jeito, de qualquer maneira
até quando é caganeira

Cagar é bom
é muito bom
Cagar é bom demais

* Número contabilizado até o fechamento desta matéria

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Economia para leigos

O garoto Mercado brinca na varanda, em uma divertida partida de Banco Imobiliário. Ele joga sozinho, pois não gosta muito da interferência de outros. Num dado momento, porém, começa a enfrentar problemas. Tenta resolver de todas as formas possíveis, mas se vê obrigado a chamar seu irmão mais velho, muito a contragosto.

- Estadooooooo! Ô Estado!!! Vem me ajudar!!!
- Que foi garoto?
- Olha só: comprei um monte de casas e hóteis e fiquei sem dinheiro. Me dá uma grana aí.
- Vá ao banco, ué! Ele sempre te ajudou.
- Num dá. Estamos tendo problemas. Fiquei devendo pra ele.
- Hum... Mas Mercado, você quer a minha ajuda com o que? Você sempre diz que não precisa de mim pra nada, que sabe muito bem se virar sozinho e que não quer que eu me meta na sua vida...
- Tá! Não precisa esfregar na minha cara, Estado! O ponto é que ele não aceita mais minhas casas como pagamento e também não quer mais me emprestar dinheiro. Me dá uma grana aí!
- Tá bom garoto, vou ver o que posso fazer.

Estado volta pra dentro de casa com um sorriso no rosto. Sente-se revigorado. Ele pensa: "Esse moleque me deu uma lição na China. Doeu. Nada melhor do que uma vingancinha, ainda mais nos Estados Unidos... Bom, é pra isso que servem os irmão mais velhos".

domingo, 20 de janeiro de 2008

Grêmio, um time de pegada

Em 2007, tivemos Rolando "Eu comi a Sandra Bullock" Schiavi. Ele não durou muito no Grêmio, mas se tem notícia que o xerifão argentino deixou saudades em várias beldades da capital gaúcha. Agora quem chega a Porto Alegre é Roger, o Roberto Justus do futebol brasileiro. O rapaz namora a portentosa Deborah Secco e, anteriormente, já pegou baba de Ayrton Senna ao dar um trato em Adriane Galisteu. Foi quando, ironicamente, ele parou de raspar a barba para reforçar a imagem de galã. Assim, o Grêmio justifica sua fama de time de pegada, com jogadores que se destacam por conquistas belíssimas contra adversários que jogam duro e não deixam muitas bolas passarem no meio de suas pernas. Roger vem entrar numa lista que tem, entre outros, Paulo Cesar Caju, Emerson Leão, Jardel, Ronaldinho, Danrlei e Palhinha (que pegou a mulher do Danrlei), além ídolo-mor tricolor Renato Portaluppi. Neste vídeo, você pode checar todo o romantismo do grande Renato Gaúcho, em 1985, quando era jogador do Grêmio.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Técnica em Introdução de Celulares Ameaçada

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) enviou hoje, 14 de janeiro, uma proposta aos cursos de graduação reconhecidos por ela que derruba uma das cadeiras mais tradicionais do Direito. Isto, graças a nova tecnologia importada pelo governo brasileiro para detectar e bloquear as linhas de telefone celular nos presídios do país.

A cadeira em questão é a Técnica em Introdução de Celulares, que basicamente consiste em ensinar aos aspirantes a advogadozinho de merda como introduzir celulares nos presídios do Brasil para que seus clientes continuem administrando seus negócios ilícitos. O professor da UFSC Epitácio Gildebrant, que lecionou Tec. Int. de Cel. no semestre passado, espera ansiosamente que o Departamento de Direito aceite a proposta e exclua a cadeira da grade curricular do curso. "É muito humilhante fazer a revista íntima nos acadêmicos ao fim do semestre, na avaliação final. Os celulares mais modernos cabem em vários outros orifícios, mas alguns teimam em utilizar o método antigo".

Tudo indica que a proposta seja acatada pelos cursos de graduação, pois passa a ser irrelevante esta cadeira, visto que o uso de celular dentro dos presídios fica quase impossível com esta tecnologia. Com isso, medidas como aliciamento de menores (usam este método para burlar a revista intima), receitas de bolo, esconderijos, entre outras, não farão mais parte da formação dos advogados brasileiros.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Cap. Nascimento salva banhista em Florianópolis

Capitão Nascimento, ex-comandante do BOPE e ídolo nacional, realizou um impressionante salvamento ontem, na praia dos Ingleses. A ocorrência é rotineira nas praias do norte da ilha, infestadas de idiotas aparentemente daltônicos, mas, mesmo de férias, ele não se furtou a salvar a vida de um turista argentino que passava por apuros no mar agitado. Alejandro passa bem e não sofreu nenhum tipo de ferimento.

Nenhum ferimento físico, mas conseqüências psicológicas certamente existirão. Ainda dentro d’água, o Capitão Nascimento aplicou os métodos que ficaram famosos no filme Tropa de Elite: deu seguidos caldos no argentino, gritando “pede pra sair!” colericamente. Quase morto, o gringo atendeu ao pedido e foi puxado pelo pescoço até a areia, para onde foi atirado sem piedade pelo caveira. Em seguida, aos gritos de “você é moleque!”, o capitão passou a dar seguidos tapas na cara de um desorientado Alejandro. Enquanto isso, os brasileiros que observavam a cena vibravam e gritavam “traz o cabo de vassoura!”, estimulando ainda mais o processo educativo.

Aos prantos, o gringo pedia desculpas, mas Olavo ainda não tinha acabado. Ele puxou Alejandro pelo mullet e esfregou sua cara numa água-viva moribunda na areia, para em seguida produzir o seguinte diálogo:
- De quem é a culpa de você quase ter se afogado? De quem?
- És de la água-biba?
- Água-biba é o caralho! A culpa é sua! Seu viado! Playboy de mierda! Hijo de puta!
- Perdón!
- Perdón porra nenhuma! Você é um fanfarrão! Zero-Dois, traz o saco!

Foi a senha para a brasileirada ir á loucura. Porém, não havia Zero-Dois. Muitos banhistas trouxeram sacos plásticos para o Capitão Nascimento, mas ele considerou que aquilo era contra os procedimentos do BOPE. Mais calmo, o ídolo voltou para sua cadeira e tentou relaxar. O caveira foi cercado por populares e demonstrou irritação com o assédio, acabando por se retirar assim que uma mocréia chegou se apresentando como “Bebel”. Ele não suporta fanfarrões que não sabem diferenciar a novela da vida real.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Editorial: Big Brother Brasil 8? Aqui não!

O LARANJAS não vai falar do Big Brother Brasil 8. Em reunião de pauta realizada ontem, regada a Johnnie Walker Blue Label, os editores do blog decidiram não se render ao oba-oba que assola a imprensa marrom e golpista toda vez que começa uma edição desse programa. Levamos em consideração, principalmente, o fato de que nossos leitores são a elite intelectual do país e não têm interesse em discutir o BBB. Quem quiser saber de fofocas dessa naba que acesse o Terra ou o G1, grandes baluartes do jornalismo eletrônico brasileiro de alto nível.

Como tinha mais o que fazer (descascar batatas para fazer uma bela maionese), o LARANJAS assistiu ontem apenas aos primeiros minutos do programa e já avaliou o que realmente importa: comeríamos todas as participantes do programa, até mesmo aquela que estava excessivamente vestida e que será a única a não mostrar o útero, posteriormente, em alguma revista masculina. Avaliamos também que aquele gordinho barbado será o vencedor do programa. E chega. Não nos importamos com mais nada. Não venham com comentários do tipo “ai, o que vocês acharam do que a aquela vagabunda disse sobre aquela vaca ontem no BBB?”, pois eles serão apagados.

Portanto, não somos daqueles cretinos que dizem “ui, não assisto o BBB, é coisa de gente acéfala, amigãããã”. Ou, pior, “estava trocando de canal e caiu no Big Brother ontem, fui obrigado a ver”. Confessamos que damos uma espiadinha, de vez em quando. Porém, nosso interesse resume-se, como já deixamos claro, às modelos/atrizes/promoters que querem ser apresentadoras. Não no que elas falam, é claro, pois o BBB, para o LARANJAS, é um programa de TV normal, não uma fonte de debates comportamentais. Seria como ver novela e comentar sobre os dotes dramáticos da Camila Pitanga, ao invés de focarmos no seu glorioso derriére. Ou assistir a uma reprise do saudoso Baywatch e analisar o roteiro.

Claro, caso algo extraordinário aconteça no Big Brother, não deixaremos nossos dependentes leitores sem a opinião do LARANJAS. Por extraordinário entenda-se assassinato, sexo explícito entre duas participantes (mesmo que envolva a moça que estava excessivamente vestida) ou, tomara, o cancelamento prematuro desta edição do programa. De resto, ficaremos no aguardo da chegada no barbeiro das revistas Playboy e Sexy que estamparão as Big Sisters na capa, para, aí sim, fazermos uma análise mais profunda do Big Brother Brasil 8. Isso se der tempo, durante o corte do cabelo, de terminarmos de ler as entrevistas e reportagens sobre vinhos, prioridade de qualquer homem ao folhear uma revista desse naipe.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Trânsito Restrito

Eis que vagando pelos arredores da cidade de Mineiros me deparei com uma placa que me fez refletir, assim como fez refletir também bois, emas, tamanduás e outros representantes da fauna deste município.

Outra coisa que me trouxe a profunda reflexão neste final de semana, foi o capítulo de sábado da novela Duas Caras, da Rede Globo. Juvenal Antena morreu, após ter sido atingido por uma bala no capítulo de sexta-feira, sob choros de todas suas mulheres (cara sortudo este Antônio Fagundes) e toda a população da Portelinha, que o tinham como um líder, um deus, enfim... o cara. Como a Globo conhece bem seu público, o deus Juvenal ressucitou, minutos e choros após o médico dar como encerrado seus esforços para salvar o coroa. Fiquei em estado de choque pela atitude desrespeitosa da emissora perante sua audiência tão fiel ao longo dos anos. Faltou no final do capítulo vir o responsável pela novela e dizer: "sim, a gente acha vocês um bando de otários por assistir esta merda". Tem que ser muito animal para nao questionar esta piada que foi o capítulo.

Então, voltando da fazenda, reduto de paz e descanso da minha família, me deparei com a placa sugestiva. E foi assim também que achei a definição mais cabível à teoria que meu professor de história Batalhione reproduzia em sala de aula sempre que ia falar da alienação do povo brasileiro: "o povo, é gado no pasto!". Pois aposto que segunda-feira, a maioria da popução estará em frente a TV para saber o que o Juvenal fará como vingança da sua pseudomorte. Eu não assistirei, pois quero transitar livremente pelo município mineirense.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O poder da crença!

Foto
(emprestada de http://www.g1.com.br/)
Começou, o ano chinês do Rato veio abalando as estruturas psicológicas de todos os cidadãos da Ásia. A procura por este animalzinho dócil e frágil fez com que os preços subissem as alturas em países como Rússia, China e Afeganistão. Aproveitando esta onda de desejos por ratos a prefeitura do Rio de Janeiro mandou a carrocinha da cidade recolher uma quantia de 100 mil ratos, correspondente a 1% dos ratos da cidade. E despacharia ao preço de 1 real, quantia ínfima, se comparada aos 34 dóllares que os ratos estão sendo comercializados na Ásia menor.
Enquanto isso, ecologistas estão se debatendo, ainda com ressaca do ano novo. Jorge Bin Laden, vice presidente da ONG Mais Feliz com o Mico Dourado, ja anunciou exclusivamente para o Laranjas: "Os animais estavam acustumados com as praias, calor e sujeira da nossa ex-capital federal. E agora, se eles forem transportados para o outro lado do mundo, ao ver a neve, podem achar que é areia e morrerem congelados. Também tem a possibilidades de morrerem após um ano, quando forem substituídos pelos Dragões". A briga entre ecologistas está atrasando o progresso e mais uma vez o Brasil pode perder espaço de comércio para outros países, neste caso a Venezuela. Chavez já anunciou que os ratos venezuelanos "serão doados todos com camisas americanas". A sorte é que o medo de causar uma crise de estado fez com que a Rússia, China e Afeganistão prometessem aguardar mais cinco dias pelo impasse.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

EXCLUSIVO: Reféns das FARC desistiram de ser liberados

O LARANJAS recebeu informações privilegiadas a respeito do fracasso das negociações para a libertação dos reféns das FARC. Tínhamos certeza de que o clima de sacanagem no acampamento dos guerrilheiros faria com que as pessoas mantidas em cativeiro se recusassem a sair de lá, principalmente as mulheres. Francamente, a gatinha vai pra lá, arruma um filho, não tenta fugir e vem com esse papinho de que é refém? Vamos parar de hipocrisia! A história verdadeira, porém, não tem nada a ver com o filme pornô com locações na selva amazônica que o LARANJAS imaginou.

Nossas fontes bolivarianas garantem que o que fez com que os “reféns” não pedissem pra sair foi o preço das festas de reveillón de Florianópolis. Ingrid Betancourt e seus colegas queriam que o bota-fora fosse em alguma praia da capital de Santa Catarina, porém os inacreditáveis preços exigidos, principalmente na orla de Jurerê Internacional, desanimaram-nos. Mesmo assim, os “reféns” estavam balançando, devido à propagada presença de Paris Hilton numa das festas. Quando a famosa piranha anunciou que iria para Las Vegas, o pessoal percebeu que não valia a pena, pois o nível de libertinagem seria muito maior no “cativeiro” amazônico. Sem falar que, na selva, Oliver Stone estaria lá pra filmar tudo e, em seguida, lançar o primeiro filme pornográfico com teorias conspiratórias no roteiro. Ou, de qualquer forma, o primeiro filme pornográfico com roteiro.

O reveillón na selva colombiana foi animado, com a presença de Hugo Chávez, Marco Aurélio Garcia, Nestor Kirchner e outros comunas, dançando em volta de uma fogueira alimentada por bandeiras americanas e livros de Adam Smith. Financiada com os petrodólares venezuelanos, a festa foi regada a chá de coca boliviano e teve temática soviética. O ponto alto da noite foi o fuzilamento de supostos traidores do regime por um ébrio Hugo Chávez caracterizado como Stálin, fugindo de sua tradicional fantasia de ano-novo, que, até ano passado, era de Fidel Castro. Não se tem notícia de quem foram os fuzilados, mas tememos que a fonte do LARANJAS seja um deles, pois sabe-se que Chávez teria lido o blog e ficado descontente com nossas posições de extrema direita, classficando-nos como golpistas e cachorrinhos do império. De qualquer forma, ficamos felizes por Florianópolis estar no centro dessa irrelevante crise política internacional, notícia quase tão importante quanto a presença de Jared Leto em Jurerê Internacional.

Feliz Ano Novo

Dormia tranquilamente quando de repente fui acordado pelos sinos badalantes de meu “mobile”. O chuveiro estragado garantiu o meu despertar. Congelei. Após o choque térmico, caminhei paulatinamente pelo meu quarto a fim de arrumar alguns apetrechos necessários para uma boa viagem. Consegui reunir os itens indispensáveis em uma mala finalmente adquirida em 4 parcelas de 10 reais nas Casas Bahia. Separei a quantia de 70 reais e pensei: “Não vou gastar tudo, mas vou levar por garantia”. Finalmente o caminho a praia não dependia de um coletivo, mas sim de uma carona. Coletiva sim, mas coletivo não. A ida foi deliciosa, mas me lembrei: “Não Comi”! Comecei a desesperar ao sentir a fadiga proporcionada pela falta de alimentos no organismo. Foi aí que meu amigo Paulo parou num posto e falou: “Te vira moleque”. Saí de lá e comprei dois folheados de frango catupiry e uma água Aquarius, deixando no posto à quantia de 7 reais. Agora estava pronto.
Chegamos a Jurerê Beach às 7 horas da manhã e o plano enfim dera certo: sair cedo para não pegar trânsito. Na praia só havia pessoas licenciadas pela prefeitura, para alugar guarda-sóis, cadeiras e para vender muitas iguarias, como água de coco, queijos e cerveja. Começamos a caminhar. Chegando a Jurerê Internacional tivemos vergonha de ter ido à praia de chinelo, pois aquela altura (aproximadamente 8 da manhã) só se via, na praia, ricaços caminhando e correndo com suas singelas roupas de marca e tênis estupendamente caros. Ninguém de chinelo. Resolvemos voltar. Novamente chegando a Jurerê Beach às 9 horas e as primeiras pessoas de chinelo começaram a aparecer. Ficamos Felizes, mas foi momentâneo, pois o Sol ainda estava tímido e inibido no meio de suas gloriosas companheiras, as nuvens. O que fazer numa praia sem Sol, com pouca gente e de chinelo...
- Olha o Queijo!
Foi a tentação. Deixei com o vendedor mais R$2,50. Mas tudo bem, estava feliz. O queijo era gostoso.
Esperei fazer a digestão. Aluguei um guarda-sol e depois me dirigi ao mar a fim de nadar. Aprendi o nado “Craw”. Olhei a praia: “Meus Deus quantas crianças”. Olhei ao redor: “Meus Deus quantos casais de Tiozinhos”. Estavam quase ao ponto de Danizinha em alguma praia da Espanha. “Caliente, Bejos, El amor, Craw...”. Realmente era hora de nadar aquilo que acabara de aprender para passar o tempo. Finalmente chega a hora do almoço. R$20. Realmente não nasci para esta praia. Depois vimos algo que nos estarreceu. Numa esquina do centrinho de Jurerê tinha o Supermercado BRÁULIO. Sim. BRÁULIO. Na realidade era quase um shopping center. Ducha, sanitário, abrigo da chuva. E ainda ganhamos desconto nas compras. Compras? Sim no fim do dia eu já havia gastado meus 70 reais. Cheguei em casa as duas da manhã, após os fogos da virada. Dia incrível.