Manchetes que só fariam sentido no Brasil [2] (atrasado)

"Lula manda povo sifú e distribui camisinhas na Sapucaí"

Crise Global atinge o Carnaval

A pequena marolinha fez mais uma vítima no Brasil: o tradicional desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro se encontra numa situação alarmante, na qual o corte de gastos tornou-se prioridade número um para manter o bom nível do espetáculo.

Uma das primeiras medidas dos presidentes das agremiações para impedir que o Carnaval 2009 da Sapucaí seja comparado ao de São Paulo ocorreu durante a abertura da janela de transferências de Madrinhas de Bateria. Muitas atrizes da Globo e outras gostosas que cobram muito foram substituídas pelas momentaneamente famosas mulheres-frutas: Melancia, Moranguinho, Jaca, Maçã, etc. Todas as hortifrutigranjeiras estão sendo aproveitadas.

Nos barracões, as “fábricas” do carnaval, o corte no orçamento também se fez presente: na confecção das fantasias. Na edição de 2009, teremos um forçado resgate aos desfiles da década de 90, quando ainda se viam seios notáveis (a última famosa que se tem na memória infelizmente é Dercy Gonçalves, em 1991, na Viradouro). Os tecidos e outros matérias terão de ser economizados, o que garantirá uma festa muito mais desnuda do que nos anos anteriores, recentemente.

Mas a verdadeira preocupação dos presidentes das escolas é quanto ao dinheiro da propina aos jurados. O agiotapresidente da Beija-Flor de Nilópolis, Farid Abraão David, está receoso quanto à conquista do tricampeonato. “Mesmo com todos os cortes de gastos nas fantasias e nas madrinhas, não conseguiremos atingir a quantia necessária”. Porém, David reconforta-se alegando que as outras equipes tampouco conseguirão arrecadar fundos suficientes. Os jurados também estão cobrando mais, uma vez que com a crise, até os especialistas em desfiles tem seus empregos em risco. Ao que tudo indica, o Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro 2009 Globeleza (?), será a disputa mais equilibrada da História.

Da série: Comentários Impertinentes [1]

Brasileira ferida admite ter mentido à polícia da Suíça, diz promotoria

"Sacanagem com os nazistas... Coitados!"

Hugo Chávez vem ao Brasil para o carnaval

O presidente venezuelano Hugo Chávez vai comemorar a vitória no referendo popular de ontem pulando o carnaval no Brasil. É o que deixou escapar o presidente Lula, hoje a tarde na inauguração da primeira fase de um protocolo de intenções de possíveis obras que talvez venham a ser realizadas ou não do PAC, em Pernambuco, que contou com a presença de todos os prefeitos do Nordeste. "O companheiro Chávez tá muito feliz que o povo quer que ele se oficialize como ditador e vai vir sambar com os brasileiros", disse o presidente, antes de dar um apertão nas bochecas de Dilma Roussef, que estava a seu lado. "Cuidado com o botox", disse a candida..., quer dizer, a ministra.

Ainda não se sabe ao certo o roteiro de Chávez na esbórnia, mas presume-se que ele irá sair ao lado de Chico Buarque na Mangueira, no desfile das escolas cariocas. Fidel Castro teria sido convidado, mas, como está morto, mandou dizer que não poderá vir. Ainda no Rio de Janeiro, Chávez é esperado no concurso de fantasias de luxo do baile de gala do Teatro Municipal, com o traje Rainha da Inglaterra em terras bolivarianas lutando a favor dos fracos e oprimidos contra as elites embebido em petróleo. Desde a época de ouro de Clóvis Bornay não se via tamanho alvoroço.

Chávez deve também dar uma passadinha em Salvador, onde dividiria um trio elétrico com Carlinhos Brown numa disputa ferrenha para ver quem consegue dizer coisas desconexas da realidade por mais tempo. O vencedor enfrentaria Gilberto Gil na finalíssima. Também estariam presentes o presidente Lula e a candida..., digo, a ministra Dilma Roussef, para inaugurar o PAC da lavação das escadarias da igreja de senhor do bonfim. "Qual é o pobrema, gente? Se fosse escadaria de rico não ia ter reclamação... Isso é coisa da imprensa", defendeu-se o presidente, antes de dar um tapinha na bunda de Dilma, que dessa vez não reclamou.

Da série posts proféticos

Eu estava tentando bolar algo para comentar, a la LARANJAS, o pacote do Barack Obama para revitalizar a economia dos Estados Unidos, mas não consegui nada melhor do que esta genial analogia, de um ano atrás. Foi publicada num blog absolutamente fantástico, numa historinha escrita por um sujeito visionário e com alto poder de observação que, além de tudo, é muito gostoso e modesto. Dêem uma olhada e concordem, óbvio.

Felipão é o novo corregedor da Câmara

Um dia após ser demitido do Chelsea, o técnico Luiz Felipe Scolari foi contratado para ser o novo corregedor da Câmara dos Deputados. A casa enfrentava uma crise após a eleição de Edmar Moreira (DEM-MG), senhor feudal da região de São João Nepumeceno (MG). Moreira tinha sido eleito pelo seus pares, mas foi obrigado a renunciar ao cargo após denúncia de que possui um castelo não declarado à justiça. Felipão assume amanhã e já programou um treino para o período da tarde, apesar dos protestos dos deputados.

"O parlamento está precisando de alguém como o Felipe para recuperar a moral", diz Michel Temer (PMDB-SP), novo presidente da casa. A expectativa é de que o estilo de comandar do treinador gaúcho coloque os deputados na linha, pondo um fim às incontáveis denúncias de corrupção que assolam historicamente o Congresso Nacional. "Vou botar ordem na casa, tchê. Vamos criar uma família Scolari no Câmara, bagual!", diz o novo corregedor entre um chimarrão e outro.

A polêmica é a assumida admiração de Luiz Felipe Scolari pelo ex-ditador chileno Augusto Pinochet, que fechou o congresso local ao dar um golpe de estado em 1973. "Tenho medo que ele resolva sugerir, sei lá, que o parlamento seja dissolvido e que o Murtosa assuma as funções legislativas", diz José Genoíno, deputado pelo PT paulista e ex-guerrilheiro comunista. Felipão garante que o Murtosa apenas ficará a seu lado nas sessões, sem fazer nada, mas que deve comandar alguns rachões entre os deputados. "Rachões? Oba!", afirmou toda a bancada do PMDB.

Madrugadão-Centro bate recorde na Capital

O ônibus da Transol, linha Madrugadão-Centro, conquistou um recorde na madrugada desta sexta-feira ao chegar 5 segundos a baixo da antiga marca, com um tempo de 39'14". O latão da madrugada rompeu o silêncio da noite florianopolitana conduzido pelo motorista Jaime Vasconcelos. "Sem atropelar cachorros ou bêbados e parando somente 3 vezes, ficou fácil bater o record", justificou o modesto Jaime que, apesar do nome, garante não ter qualquer relação com bon vivant de mesmo sobrenome.

Para se ter uma idéia o percurso do Madrugadão-Centro sai do Ticen pela Av. Paulo Fontes, depois pega a Av. Rio Branco saindo da R. Visconde de Ouro Preto, em seguida entra pela Av. Pref. Osmar Cunha, passa para Av. Prof. Othon Gama D'Eça e depois faz uma pequena passagem na Beira-Mar Norte saindo para pegar a Lauro Linhares. Contorna a UFSC pela R. Antônio Edu Vieira, sai pela João Motta Espezin seguindo para entrar R. Silva Jardim. Por fim, a Av. Gov. Gustavo Richard e Av. Paulo Fontes, retornando ao Terminal do Centro. Todo este percurso tem um tempo previsto de 45', provando que o feito é pra poucos (o antigo recordista é o motorista Luis Cavalcanti).

"Eu nem vi o tempo passar", disse Claudiomir Batista, torcedor do Figueirense que voltava pra casa com sua camiseta salpicada de sangue e demonstrando certa embriaguez, algo normal depois do clássico de ontem contra o Avaí, no Orlando Scarpeli, pelo Campeonato Catarinense. Por outro lado, teve quem prestou atenção na viagem toda. Soraya Beijinho Doce não escondeu o medo devido a velocidade do recordista Madrugadão. "Eu vi a morte, honey! Juro que vi!", desabafou.

Inteiro e estacionado o veículo e seu motorista posaram para fotos na base do Ticen. Um champagne foi doado pelo presidente do IPUF, José Rodrigues da Rocha. Juca Tavares, o cobrador, dormia tranquilo no banco do ônibus.

Entrevista exclusiva com o osso

Num esforço fantástico de reportagem, o LARANJAS conseguiu uma entrevista exclusiva com o osso. Foram alguns breves minutos com o personagem, enquanto José Sarney o deixou de lado para ir ao banheiro.

L - Obrigado por nos atender, osso. Quer dizer então que o Sarney até te larga de vez em quando?
O - É raro, rapaz. Até quando vai ao banheiro ele costuma me botar no bolso. Não sei o que houve hoje, o Sassá deve estar ficando esclerosado.

L - Mas ele te trata bem?
O - Sim, sim, é uma relação muito longa, né? Já faz quase cinqüenta anos que a gente não se separa. Eu sei que ele já pensou em me largar algumas vezes, mas não resiste e sempre volta.

L - Sarney até mudou pro Amapá pra não te largar...
O - Ah, rapaz, aquilo foi lindo. As coisas não estavam mais dando muito certo pra gente no Maranhão, parecia que nossa relação estaria chegando ao fim. Aí ele se sacrificou e comprou uma mansão naquele fim de mundo só pra não me perder. Muito romântico.

L - E você esperava por essa decisão de concorrer, e ganhar, a presidência do Senado?
O - Estava ficando complicado, ele estava sem motivação. Então disse ao Sassá que talvez eu estivesse me interessando por outras pessoas, outros partidos. Foi o que bastou pra ele dizer que não ia me largar nunca e, de supetão, resolveu que ia ser presidente do Senado de novo.

L - Agora vocês não se separam mais então?
O - Não, não. São muitas provas de amor de um homem durão como ele. Tenho que levar isso em consideração. Acho que o Sassá realmente só vai largar o seu querido ossinho quando vier a falecer.

Nesse momento o osso foi tomado por grande emoção e pediu pra encerrar a entrevista, até porque José Sarney estava saindo do banheiro e logo o apanharia de volta. Para nunca mais largá-lo.

Seção Presunto Fresco: João Augusto Gurgel

Você conhece alguma pessoa que teve um carro feito pela antiga montadora brasileira Gurgel, falida em 1994, cujo fundador faleceu recentemente? Pois é, nem eu.

Manchetes que só fariam sentido no Brasil [1]

"ABIN divulga listão dos aprovados para vaga de Agente Secreto"

Bradesco inova em 2009

A crise financeira mundial atingiu em cheio o Bradesco. Hoje pela manhã o banco anunciou uma queda de 5% nos seus lucros em 2008, em relação ao ano anterior, que ficaram em apenas R$ 7,62 bilhões. A diretoria acusou o golpe e anunciou medidas surpreendentes para evitar que a tragédia se repita em 2009. Ou 2OOO inove, como querem os gênios publicitários que têm a conta da empresa.

A primeira medida surgiu após um comentário de um trainee numa reunião semanal da diretoria; enquanto servia o cafezinho, Ernesto Noam (ex-presidente do CA de Economia da UFSC) sugeriu que, talvez, a alta inadimplência dos clientes do Bradesco, e do sistema bancário como um todo, se devesse às altas taxas de juros cobradas de pessoas físicas e empresas. Apesar de ter feito questão de ressaltar o "talvez", Noam foi demitido, mas sua idéia criou eco. Lázaro Brandão, presidente do conselho e ex-atacante do Coritiba, mandou cortar os juros. "A banqueirada tinha combinado que, para 2009, manteríamos o título de maior spread bancário do mundo, mas decidi inovar", conta Brandão, "até para justificar o que pagamos para aqueles cheiradores da publicidade".

Outro passo será a demissão de caixas e assistentes, essa raça que, com seus enormes salários, onera tanto os bancos, além de estarem sempre enchendo o saco com greves. "Eles são facilmente substituídos por amigáveis sistemas eletrônicos e pela internet, a que todo brasileiro tem acesso", diz Brandão, após relembrar um golaço feito num Atletiba. Ele afirma que sabe que isso pode aumentar as filas nas agências, mas ressalta que já está sendo elaborado um plano de venda de quitutes e refrigerantes, além da contratação de palhaços e mágicos para entreter o cliente. Brandão afirma que essas despesas serão arcadas pelo Bradesco e que os três reais a mais por mês que o banco cobrará de cada cliente, através de uma taxa intitulada "2000 Inove", não tem nada a ver com isso.