Neste fim-de-semana, em sua visita mensal, com fins de pesquisa, a uma famosa casa de entretenimento adulto de Florianópolis, o LARANJAS deu sorte de cruzar com a vencedora do Oscar 2008 de melhor roteiro original pelo filme Juno, Diablo Cody. Não desperdiçamos a oportunidade de conversar com a ex-stripper e, hoje, moça de respeito.
LARANJAS - Olá, Diablo! Podemos conversar com você?
DIABLO CODY - Claro, desde que me paguem um drinque.
L - OK. Garçom, um drinque para a moça! Mas, enfim, o que você faz aqui?
DC - Pesquisa para meu próximo roteiro.
L - É, nós também estamos aqui apenas fazendo pesquisa para o próximo post do blog. E, por que Floripa?
DC - Na realidade, vim para o Rio sexta-feira para firmar alguns contatos, bebi demais numa festa e acabei acordando em Floripa no sábado. Lembro-me de ter estado num jatinho...
L - Ah, deve ter vindo com o Aécio Neves então.
DC - Quem?
L - Deixa pra lá. Você pode falar sobre esses contatos?
DC - Claro, estou bêbada! Bom, a Globo Filmes quer me contratar como consultora para um spin-off da novela Duas Caras, que será sobre o puteiro lá, aquele que explodiu... Vão fazer um prequel, vê se pode! Querem meu expertise em dança do poste. Acho um puta desperdício do meu talento, mas minha ética profissional me obriga a aceitar qualquer coisa por dinheiro.
L - Interessante. E o que mais?
DC - Vou adaptar o livro da Bruna Surfistinha para o cinema. Temos bastante coisa em comum, como vocês devem imaginar.
L - Hehehe.
DC - Me refiro a termos tido uma vida difícil e depois termos virado escritoras, seus pervertidos!
L - Ah, tá. Nós, LARANJAS, também passamos por isso.
DC - Vocês também tiravam a roupa por dinheiro?
L - Não, é que, antes da fama, nós tínhamos que pagar para as mulheres tirarem a roupa. No fundo é a mesma coisa. Diablo, por favor diga-nos quem vai dirigir o filme.
DC - Estamos negociando com o David Cardoso e com o Peréio, mas está difícil. O David faz questão de aparecer nu no filme e de comer a atriz principal, enquanto o Peréio quer ME comer para aceitar o cargo. O plano C é o Tarantino, que diz que aceita apenas se ele puder escalar o Nuno Leal Maia, num esquema parecido com o que ele fez com o Travolta em Pulp Fiction.
L - Entendemos, ele quer trazer o antigo rei da pornochanchada para uma volta em grande estilo, revitalizando a carreira do Nuno num tipo de película que vai remeter seus antigos fãs a sucessos do passado, como O Homem de Itu. Ele também fez isso com a Pam Grier e o David Carridine! Gênio! Tarantino é gênio!
DC - Porra! Parem de falar merda, seus bostinhas pseudo-cults! Jornalista é uma raça metida, mesmo... Não tem nada disso, ele quer o Nuno Leal Maia como um assassino especialista em massagens nos pés, só isso!
L - Massagens nos pés? Massagens nos pés não têm nada de mais...
DC - Eu fiz milhões de massagens nos pés, e todas significaram alguma coisa. Até porque eu cobrava caro por elas.
L - OK. Essa entrevista está ficando muito babaquinha. Melhor pararmos por aqui.
DC - Ué, não vão perguntar nada da Juno?
L - Não, não... Ainda estamos traumatizados com esse filme. Sabe como é, esse negócio de engravidar adolescentes pode ser perigoso....
DC - Ah, vocês viram o filme e lembraram de todas as cagadas que faziam quando eram mais novos? Afinal hoje vocês são caras responsáveis, membros da grande imprensa e zelosos com a saúde e a imagem, né?
L - Er... Isso. Claro.
Assim, após uma hora contada no relógio, os LARANJAS foram para um lado e Diablo Cody para outro. É estranho esse negócio de ter uma experiência muito intensa com uma pessoa e depois nunca mais vê-la. Ou, caso veja, fingir que não a conhece. É esquisito esse mundo do jornalismo. Enfim, somos profissionais, e ela também.
domingo, 9 de março de 2008
Entrevista: Diablo Cody
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Um comentário:
ah Volps, vc não prestou atenção nas aultas de técnicas de reportagem entrevista e pesquisa?
se eu tivesse feito essa entrevista tenho certeza que renderia bem mais...e eu ainda descolava o telefone da gata pra tu!
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