O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) anunciou hoje pela manhã a suspensão do futebol brasileiro por 120 dias, encerrando mais cedo a temporada. As justificativas dadas são a incompetência gerencial, a irrelevância no contexto mundial, a mediocridade esportiva e a ameaça da volta de Romário aos gramados. O único clube poupado pelo tribunal foi o São Paulo, que, com seu futebol organizado, sério, chato, feio e bobo, foi declarado campeão brasileiro e liberado para disputar o campeonato francês, para alegria de sua torcida bundinha.
O descontentamento dos auditores do tribunal atingiu seu ponto máximo em junho, com a presença de dois clubes argentinos na final da Libertadores, um deles o time mais odiado pelos brasileiros e o outro o Boca Juniors. Desde então, eles articulam um golpe branco, com suspensões esporádicas e sem-sentido de jogadores, técnicos e bandeirinhas gostosas, até o momento em que não sobraria mais ninguém para a realização de partidas. Porém, depois do vexame histórico do Botafogo ontem à noite, diante do River Plate, o STJD decidiu acabar de vez com a palhaçada e decretou a moratória futebolística nacional. O fator Romário também pesou. "Vi o Romário anunciando na Globo que está voltando aos treinos", comentou Sérgio Tomilho, presidente do tribunal, "e eu não agüentaria mais uma sére de reportagens do Régis Rösing sobre o gol 1003, 1004, 1005...".
A Seleção não será afetada pela punição imposta ao futebol brasileiro, já que é composta por jogadores de grandes ligas européias e pelo Afonso Alves. O técnico (sic) Dunga classificou a decisão de "coerente" e "de acordo com a nossa filosofia de trabalho", lamentando apenas a impossibilidade de convocar craques como Josiel, Obina e Dodô para o ataque. "Não posso chamar jogadores que não estão em atividade, por isso continuo contando com o futebol do Afonso Alves", declarou o comandante (sic) do escrete, fazendo referência ao centroavante que está afastado, por indisciplina, do elenco do Heerenveen, equipe secundária do ridículo campeonato holandês.
A decisão foi em primeira instância e pode ser revista, tendo sua pena reduzida ou convertida em cestas básicas. Há sinais de que isso pode acontecer, dada a reação de horror de alguns auditores ao serem lembrados por um repórter de que, sem futebol, o STJD não vai ter o que fazer e eles sairíam dos holofotes da imprensa marrom pelo menos até o fim do ano. Contudo, a reação dos torcedores indica que o futebol brasileiro não fará muita falta. "Quando um tópico mundano tal qual um drible denominado foquinha é explorado em demasia pelos órgãos de imprensa, é emergencial que se tomem medidas no sentido de barrar o avanço da mediocridade", opinou Clésio de Andrade, catador de lixo formado em jornalismo. O presidente Lula também deu o seu pitaco, dizendo que vai chamar o time do Corinthians para algumas peladas na Granja do Torto, além de lamentar o inevitável afastamento de investidores idôneos e com reputação ilibada, como Boris Berezowsky, do futebol brasileiro.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
STJD suspende o futebol brasileiro por 120 dias
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Um comentário:
Volpato muito bom ler teus artigos de novo...Kkkk...Abraço, Rapha
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