terça-feira, 10 de novembro de 2009

Senadores não aprovam lei contra o crime

Os senadores decidiram contra proposta de lei que proibiria a prática de crimes no Brasil, votada nesta segunda-feira (9), pela tarde. O que causou surpresa foi o placar: 80 votos contrários e uma cédula pintada de vermelho que foi considerada voto nulo. A comissão de ética do senado afirmou que não será aberta nenhuma CPI para investigar o caso. Em seguida, iniciaram-se as votações para uma lei, de autoria do senador Eduardo Suplicy (PT/SP) que permite o uso de sungas por cima da calça no Parlamento.

A votação começou às 14 horas em ponto. A primeira polêmica foi quanto ao placar eletrônico: um laudo realizado momentos antes indicou uma adulteração no equipamento. O senador ACM Neto (DEM/BA) estava ao celular e não pôde dar entrevistas. Foi utilizado então o sistema de votação por cédulas de papel. Na contagem, 80 das cédulas recusaram a lei. O curioso foi a única cédula diferente: estava toda pintada de vermelho. O senador Eduardo Suplicy, questionado pelo LARANJAS se essa se tratava de mais uma forma de protesto, apenas respondeu, com sua usual seriedade: "acorda sangue bom, aqui é capão redondo, tru, não Pokemon. Zona sul é invés, é stress concentrado, coração ferido por metro quadrado".

Mas o maior mistério foi o porquê de nem o autor da lei ter votado a favor. No fim da tarde, chegou à redação do LARANJAS um envelope sem remetente, apenas com um carimbo da Polícia Federal e uma rubrica que indica as letras “P” e “Q”. Em seu conteúdo, algumas transcrições de conversas telefônicas entre o senador Mesquita Jr. e uma pessoa não identificada no documento. No texto, há provas conclusivas de que o senador acreano recebeu propina para votar contra o próprio projeto, que ia contra os interesses do interlocutor. O presidente da comissão de ética parlamentar, senador Paulo Duque (PMDB/RJ), disse ao LARANJAS que esse documento não prova nada, e que a eleição foi 100% justa, e que não será necessária a abertura de uma sindicância para investigar o caso.

Colaboração: César Soto

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