sexta-feira, 28 de março de 2008

Mundial de Par ou Ímpar termina empatado

A grande final do primeiro Campeonato Mundial de Par ou Ímpar ficou sem vencedor. A partida, realizada ontem num Estádio Olímpico de Berlim completamente lotado, terminou em confusão por um problema de clareza nas regras. Edward Montgomery, representando a Inglaterra, e Dietrich Himmenblau, da Alemanha, colocaram zero quando o juiz apitou. Montgomery, que tinha escolhido os números pares, saiu comemorando junto à torcida inglesa, que estava em minoria, mas muito empolgada pela rivalidade histórica com os germânicos.

Armando Joaquim Marques, árbitro português, apitou o fim do jogo, mas foi prontamente interpelado por Himmemblau e seu treinador, Sebastião Lazaroni. Eles argumentavam que zero não é par nem ímpar e, portanto, o jogo deveria ir para a prorrogação. Confuso, Marques tentou chamar o inglês de volta para o centro do campo, mas ele já era carregado nos ombros por toda a sua comissão técnica. Os bandeirinhas, também portugueses, permaneceram nas respectivas linhas de fundo, disseram que não viram nada e que, portanto, não poderiam opinar. O quarto árbitro então consultou o livro de regras, mas o caso não estava previsto.

Depois de muita confusão, Himmemblau conseguiu convencer Montgomery a conversar na grande área, mas logo eles começaram a trocar socos, o que levou Marques a expulsar os dois atletas. Assim, ficou tudo ainda mais complicado. O resultado inicial não fora confirmado e seria impossível continuar o jogo sem atletas (a regra do par ou ímpar exige pelo menos um atleta em campo). A briga se espalhou pela torcida, já que a torcida alemã perdera a paciência com os fanfarrões ingleses, que gritavam "my grandpa killed your grandpa" e outros cânticos referentes à II Guerra Mundial incessantemente. Os brigões logo começaram a invadir o campo, o que forçou os atletas, comissões técnicas e árbitros e se refugiarem nos vestiários, onde, depois de horas de divagações matemáticas regadas a muita cerveja morna, decidiu-se pelo empate.

Apesar do papelão na final, o Mundial foi um sucesso

A avaliação dos organizadores é que o Mundial foi um grande sucesso, mesmo que o título tenha sido dividido. Depois de dois anos de eliminatórias continentais, os 32 melhores jogadores de par ou ímpar do mundo se reuniram na Alemanha para um mês de disputas, divididos em oito grupos de quatro e depois passando aos mata-matas. Foram aproveitados os estádios da Copa do Mundo de 2006, que estiveram constantemente lotados para as disputas de par ou ímpar, numa média de 38 mil pessoas por partida. Um número incrível, visto que o torcedor levava mais de duas horas pra entrar e sair do estádio e as partidas não duravam mais que cinco segundos. A presença de dois ídolos mundiais como Montgomery e Himmemblau, ainda mais de duas nações que têm grande rivalidade, valorizou batante a primeira experiência.

A próxima edição do Mundial de Par ou Ímpar será realizado no Brasil, em 2012, e servirá também como teste para os estádios da Copa do Mundo de 2014. Porém, muitos políticos e membros do COB já falam em construir arenas específicas para o par ou ímpar por todo o país. A expectativa é que o país tenha um melhor desempenho, pois no Mundial encerrado há pouco fomos eliminados na primeira fase. Nosso representante, o presidente Lula, envolveu-se numa confusão na partida que valia a classificação: ele usou sua mão esquerda no embate, colocou a mão cheia na hora do apito com a intenção de mostrar quatro dedos, mas o árbitro, distraído, achou que ele tinha colocado cinco dedos e deu a vitória ao representante bósnio. Os 58 membros da comissão técnica de Lula, contratados sem concurso como comissionados, invadiram o campo colericamente para agredir o árbitro, mas foram contidos pelo presidente, que argumentou que o árbitro, venezuelano, talvez estivesse certo. Celso Amorim apoiou a decisão. Depois recuou. Assim, fica a esperança de que em 2012 o Brasil tenha um representante mais bem preparado, mais decidido e que, principalmente, não seja assessorado por um bando de aloprados.

Edição: vote na enquete ao lado e opine sobre o zero (o número, não o jornal)

Não leia!

René Descartes estava injuriado, devido a suas pesquisas não estarem mais levando a lugar nenhum. Eis que ele foi a uma taverna beber algumas garrafas de cerveja. Ele tentou sair do bar sem pagar as cervejas, mas foi abordado pelo garçom.

Garçom: Ei, o que você está pensando?
Descartes : Não estou pensando nada!

E foi aí que Descartes desapareceu!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Pré-Candidatos à Presidência Americana Apelam para a Beleza

Pesquisadores da Sociedade Histórica Genealógica da Nova Inglaterra revelaram, no dia 25/03, uma descoberta absurda e sem graça nenhuma. Baseado em estudo realizado por três anos, a SHGNI, concluiu que Barack Obama, pré-candidato à presidência dos EUA pelo partido democrata, é primo distante do ator Brad Pitt. Não para por aí. Hillary Clinton, a corna, também pré-candidata à presidência dos EUA pelo partido democrata etc. é prima distante da atriz Angelina Jolie. Parece notícia Laranja né? Basta passar pelo G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL363078-5602,00-BARACK+OBAMA+E+BRAD+PITT+SAO+PRIMOS+DISTANTES+DIZ+PESQUISA.html), o site de notícias que até hoje atualiza notícias sobre o caso Madeleine, e tirar a prova você mesmo(a).

Enquanto isto, no Brasil...

Pesquisadores da Sociedade Histórica Genealógica Laranjasblog revelaram, no dia 25/03, uma descoberta espetacular. Baseado em suposições realizadas por 30 segundos, a SHGL chegou a inúmeros parentescos entre personalidades brasileiras. Por exemplo, Cacau Menezes, jornalista sem formação, é primo distante do ex-apresentador, ex-estilista, ex-homem e agora deputado, Clodovil Hernandez. Já Diogo Mainardi, jornalista sem formação, é primo de 9º grau da sua própria anta, Luiz Inácio Lula da Silva. A origem do parentesco se deu em um cruzamento no trecho que liga as cidades Percival do Oeste-BA a São Paulo-SP. Maguila, pugilista e comediante sem formação, seria primo terceiro da dançarina Gretchen, de 78 anos. Seria. Pois nenhum nem outro conheciam seus pais, elo do suposto parentesco. A Sociedade Histórica Genealógica Laranjasblog, fundada no dia 25/03, descobriu também que o CQC, programa em formação da Rede Bandeirantes, tem parentesco distante com o programa da madrugada da Rede Record, Fala que eu te escuto. A SHGL descobriu isto e não descobriu mais nada, encerrando assim suas pesquisas até a erradicação do mosquito da dengue no Rio de Janeiro.

terça-feira, 25 de março de 2008

Nos EUA, Cargo Público é Sinônimo de Baixaria

Na sociedade mais pseudopuritana, ignorante e obesa do mundo, - segundo Lúcio José Botelho, servidor técnico-administrativo e chará do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina - quem ocupa um cargo público deve antes se desculpar com a mulher traída, o distribuidor de cocaína mal pago, o dinheiro roubado da mãe na adolescência, o beliscão dado na bunda da prima e ainda, se continuar no cargo depois disto, prestar contas sobre a administração em questão. Pois, eis que David Paterson, atual governador de Nova York, não vendo onde estava se metendo, sentou na cadeira gozada do ex-governador Eliot Spitzer a uma semana e já pôs a boca no microfone.

Em coletiva de imprensa, Paterson, de 53 anos, disse que já consumiu um par de vezes, tanto maconha quanto cocaína. "Gostei, mas a política foi a droga que mais me seduziu e por isto estou aqui hoje perante vocês" admitiu o novo governador que se encontrava de costas para os jornalistas, mas ninguém ousou avisá-lo com medo de associarem seu nome a alguma manchete do tipo: jornalista critica posição do primeiro governador negro e cego dos EUA. Além de assumir o uso de drogas pesadas, o governador ainda pediu desculpas a mulher por tê-la traído algumas vezes (38x). O garanhão, pediu perdão também ao ex-vizinho, pelos roncos de sua esposa, ao cão guia, Bush, por ser obrigado a conduzí-lo a lugares tão... (não completou a frase, emocionado) e ao carteiro Murrey, por ter xingado até a sua 5ª geração, o culpando do fato de receber cartas que não estavam em braile.

Concluiu a coletiva com breves palavras. "Ah! Sobre o governo de Nova York (já ia me esquecendo), vejo que não teremos problemas, tudo está caminhando bem desde que aquele imoral deixou o cargo, obrigado".

domingo, 23 de março de 2008

Cabo Roberto Delgado e Capitão Quiroga em... À Procura de um Badeco

Trouxe a camiseta do Figueira? Disse o cabo Roberto Delgado. Não senhor, mas já providenciei, senhor, o badeco disse, enquanto o capitão Quiroga resmungava em desaprovação. É mané mesmo, cabo? Tô desconfiado que não, heim. O cabo olha o badeco de cima a baixo e chama o capitão pro lado, disse que não é da ilha capitão, mas que tá aqui a tanto tempo que já se sente um mané de verdade. Mas sem camiseta do figueira, não sei não viu, capitão. Entra ou não entra pro clubinho? O capitão olha de canto de olho pro badeco que espera atento a resolução da fofoca dos oficiais. Sem camiseta é uma falha absurda, não tem como negar, mas precisamos de mais gente pro nosso clubinho. Tem cada vez menos nesta ilha e ele parece útil. Pelo menos acha gaucho tudo viado. Vamos dar um crédito a ele, cabo. Chame-o aqui! E lá vem o badeco todo ressabiado em direção aos dois. Eu ia comprar uma camise... não se explique badeco, tu vai entrar pro clubinho. Dê conta da camiseta depois e estará dentro. Já decorou as regras? Sim cabo Delgado, sim capitão: não permitir a entrada de haoles; não me envolver e muito menos embarrigar mulher de fora da ilha; andar sempre com uma camiseta do figueira... é... esta eu já ia me esquecendo parece né? E o cabo, apenas continue badeco. Sim, pois não, senhor. Deixe me ver... demonstrar sempre aversão aos haoles, mesmo que sejam legais comigo; reconhecer um haole pelo cheiro... ah! uma pergunta senhor. Vou ter treinamento pra reconhecer o cheiro? Sim, claro, disse o capitão, que já se impacientava com o badeco. É muito simples, se não tiver cheiro de peixe, de mangue ou de torcedor do figueira é haole, ou na pior das hipóteses, torcedor do Avaê. Mas este comissariado ainda é permitido na ilha, pois também são anti-haole. Continue, ordena o cabo. Acho que acabou, senhor, responde o badeco coçando a cabeça. Já não bastasse não vir de camiseta do figueira, esbraveja o capitão Quiroga se virando de costas para o badeco, enquanto o cabo se aproxima do aspirante. Badeco, faltou o mais importante, sussurrando, destruir a ponte custe o que custar. Ah! É mesmo! É tão óbvio né, seu cabo, destruindo a ponte não entraria mais haoles. E o cabo, tsc tsc tsc, aproximando-se do capitão enfurecido. O que me diz capitão Quiroga? Ele é muito ruim, não parece um mané de verdade, porra, e tem erros colossais, porra, não sei, porra. Mas porra, até tu tá morando do outro lado da ponte, né cabo? O cabo fica pálido, é... pois eu... eu não tive escolha capitão. Ei de me mudar em breve, não se preocupe. Mas se a ponte cair mesmo, capitão, eu me ajeito em algum lugar aqui na ilha. Vai sobrar lugar, né capitão? Espero que sim. Junto com a ponte penso em jogar alguns haoles no mar também, os olhos brilham... badeco, capitão virando de súbito, tu vai virar mané custe o que custar. Tem 4 anos pra isto. E garanto que somos os melhores pra te ensinar tudo que precisa saber. Pode entrar no clubinho. E o badeco sorrindo, sério capitão? Não acreditando. Vou virar mané! Aliás, eu já sou mané de coração! Que bom que tô entrando pro clubinho, badeco emocionado! Fora, Haoles! E o capitão parabeniza, o cabo parabeniza e o badeco se ajoelha, segurando o quepe novinho. Capitão, só uma perguntinha. Ouvi dizer que os haoles, através dos aposentados que residem aqui e dos haoles originais (os turistas), então, ouvi dizer que são eles que sustentam a ilha, economicamente. Seria meio incoerente expulsá-los, não? O cabo Roberto Delgado arregala os olhos, o capitão sai em direção ao fusca vermelho do cabo. Vamos embora, cabo, este badeco não é mané, porra. Não nasceu na ilha, não pode ser mané, porra. Onde já se viu, haole sustentar a ilha. Pffft! Vamos logo, porra! Capitão Quiroga entra no fusca.

Escolhido novo Coelho!


Está decidido. O novo coelho da páscoa será Roger Rabbit, o fanfarrão que ainda não decidiu se é desenho ou se é humano. Superando todas as expectativas por parte da mídia, Roger foi escolhido. Em entrevista Manduguem Manugai, presidente da Comissão de Assuntos Pascoais, confessou que “Pernalonga sempre fez sucesso e a Warner correria um grande risco de perder sua auto-estima sem o seu coelho favorito de estimação. Já o coelho 08 da série LOST está em plena ascensão de carreira. Seria um crime retirá-lo de atuação. Este não é o espírito da páscoa. Roger Rabbit já andava esquecido e sem emprego há anos. Nós devíamos a ele esta chance. Isto é caridade. Isto é amor”.
Rabbit deve assumir ainda hoje, já que faltou ao antigo coelho entregar os ovos de páscoa na Cidade de Deus e na Portela.

Coelhinho da Páscoa é atingido por bala perdida e morre!

Hoje, Enquanto fazia sua ronda para entregar os ovos no Rio de Janeiro, o Coelhinho da Páscoa foi atingido nas orelhas por duas balas perdidas trocadas entre policias e turistas espanhóis em copacabana. O socorro foi quase que imediato por parte do Hospital Geraldo Oliveira, localizado no centro do Rio. Após receber os tiros, o Coelhinho teve que esperar apenas duas horas pelo atendimento.
Quando chegou ao hospital, o grande problema foi achar outro roedor orelhudo para lhe doar sangue. O velório do Coelhinho da Páscoa será amanha, ás 17:00 na Ilha de Páscoa, Chile.
A Comissão de Assuntos Pascoais da ilha já se reuniu na toca central para definir quem será o próximo coelho da páscoa. Toda vez que um é escolhido ele renega seu nome e passa a se chamar Coelhinho da Páscoa. O nome mais cotado é o de Pernalonga, o coelho da Warner-Bros, de 60 anos que jamais envelhece e adora fazer piadas as custas de seu inseparável amigo Patolino. Também não seria surpresa se o escolhido for o coelho número 08 da série LOST. Ele tem apenas 3 anos e muita experiência.
Quando for escolhido o sucessor, 3 cenouras gigantes serão jogadas para os habitantes da ilha. O Laranjas aguarda mais informações.

sábado, 22 de março de 2008

Sexta-feira atéia

- Termina logo que já é quase meia-noite!

Eu já tinha ouvido todo tipo de desculpa, mas essa era nova. Será que ela ia virar abóbora?

- Relaxa, tá muito bom como sempre, mas não posso fazer sexo na sexta-feira santa. É pecado. Você é católico, sabe como é...

Não, não sou católico, sou ateu. E pela quantidade de indecências que eu já tinha feito com essa mulher, naquela noite e em outras, imaginei que ela também não fosse exatamente religiosa. Também por isso não a mandei tomar naquele lugar. Seria mero exercício de retórica. Então, terminei. Logo. Sorte dela ter um ponto de ônibus bem em frente à minha casa.

“Bom, se terminou, tá reclamando do quê?” De fato, numa visão tacanha, objetivo cumprido. Só que fiquei incomodado. Enquanto indicava à menina a direção do ponto de ônibus (afinal sou um cavalheiro), eu já elaborava a minha vingança. Não contra ela, mas sim contra todo esse status quo religioso que me impediu de demorar mais pra terminar e, eventualmente, terminar mais duas ou três vezes. Eu iria dedicar a minha sexta-feira santa ao secularismo. Uma sexta-feira atéia, por que não?

A primeira providência foi ligar para um amigo igualmente ateu e combinar um almoço num rodízio de carnes. Ao chegarmos à Floripana, o primeiro sinal de preconceito religioso: um aviso na porta informava que o restaurante não abriria na sexta-feira santa. Senti-me ofendido, pois o que o cartaz verdadeiramente dizia era “morram, ateus, vocês não merecem comer!” Rumamos então ao Beira-Mar Grill, que estava aberto, embora tenha afixado na porta um cartaz para os carolas: “estamos servindo peixes”. Ou seja, corajosos, mas nem tanto. O importante é que comi muito bem, refestelei-me com a carne de muitos tipos de animais mortos, que se sacrificaram por mim. Sim, inclusive baby-beef. Ah, e bebemos também. Tenho dúvidas quanto ao procedimento em relação ao álcool na sexta-feira santa. Como a minha sexta-feira era atéia, bebi. Pouco, mas bebi.

De barriga cheia, dediquei minha tarde à leitura de um livro pouco religioso. Não, não é o manifesto comunista. Minha fase vermelha durou apenas alguns meses entre 1999 e 2000. Daí eu fiz 18 anos e passou. O livro, na verdade, era sobre as desventuras de um solteirão londrino e seus relacionamentos superficiais, repleto de preconceitos e tiradas sarcásticas sobre as peculiaridades femininas. Não necessariamente do mal, mas certamente não era do bem. Enfim, um cara que eu queria ser e um livro que eu queria escrever. Boas idéias, que serão utilizadas no futuro, com mulheres de verdade e fictícias. Caso existisse, Deus certamente não iria gostar de ver essas idéias postas em prática.

Havia algo sobre ter que descansar na sexta-feira santa, não? Na dúvida, fui correr na Beira-Mar. Na metade do percurso, havia um show religioso, no trapiche, muito provavelmente cortesia do nosso vice-prefeito evangélico. Fiquei puto, pois aquela manifestação, que me afrontava enquanto ateu, me obrigaria a reposicionar 800 metros do meu treino para a área do mangue, que fede muito. Vinguei-me tirando a camisa e fazendo com que senhoras crentes tivessem devaneios com meu corpo suado, cometendo o pecado da luxúria. Juro que escutei gritinhos. Porém, eles podiam ser do vocalista do Iron Maiden, que tocava a toda no meu iPod. Sim, aquela música do número da besta. Sim, foi de propósito.

E agora resta a noite da sexta-feira santa, quando escrevo esse texto. Comecei jantando umas esfihas (de carne, claro) e uns kibes no Habib's. O fato do restaurante ser árabe também poderia contar para o meu planejamento, mas aí seria incoerente. Não acredito em deus nenhum, seja católico, muçulmano ou animal. A proposta de tornar a sexta atéia continua, pois pretendo conhecer alguma mulher, ironicamente, no sentido bíblico. Para isso, irei numa festa cujo flyer teve a presença de espírito de falar "como o diabo gosta". Perfeito. Tudo bem, também não acredito em diabo, mas a premissa da festa me faz crer que não terei que encerrar os trabalhos à meia-noite. Ou, melhor, não terei que esperar a meia-noite para começá-los.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Quanto tempo vive uma Laranja?

Há seis meses, numa bela quinta-feira de setembro, três estudantes de jornalismo resolveram que pela primeira vez em suas vidas deveriam ir a um bar. Os três desgraçados convidaram toda a galera e se dirigiram a um bar muito bem conceituado na região universitária da UFSC. Após uma noite de intensa conversa e assédio por parte das meninas, Bruno Volpato, Marcone Tavella e eu resolvemos montar um “jornal mural” de humor. Tudo isso devido a nossa necessidade patológica de tentar fazer humor em todos os momentos de nossas tão queridas e honrosas vidas.
Acontece que tomados por nossa alegria momentânea, mais particularmente pela minha alegria momentânea, resolvemos por consenso entrar nessa de blog. O blog foi se encaminhando, nossa inocência juvenil foi se perdendo e de repente, e tão de repente quanto as epifanias de Clarice Lispector (Ver A legião Estrangeira, pág 37) fomos visados pela grande mídia. Fomos contactados para assumir o BBB8 após a saída de Marcelo, devido a uma tentativa desesperada da emissora de recuperar a audiência. Mas a negociação falhou. Hoje confesso que estou mais feliz, apesar da minha necessidade patológica de ser engraçado ainda não ter me tornado engraçado, creio que estou indo para o caminho certo, me juntando com esses dois queridos seres, que fazem todo dia a vida daqueles com que convivem um pouco mais divertida.
Um brinde aos seis meses de Laranjas
Ein Prosit Laranjas

sábado, 15 de março de 2008

Coisas que ajudam a acabar com namoros estáveis!

Orkut. A página de relacionamentos Orkut é realmente muito boa quando a intenção é relembrar amigos. Já quando se namora é diferente. Ele se torna uma arma a serviço do ciúmes que é realimentado a cada comentário daquela sua amiga Carlinha, ou no caso das mulheres, do seu amigo Ricardão. As veias parentais latejam loucamente e você começa a suar frio. As brigas começam. Por fim o casal decide deletar seus perfis e depois criam um perfil do casal. “Diego e Juju”. Problema resolvido? Não, é aí que realmente começam os problemas. Os amigos que não são comuns aos dois começam a desaparecer devido ao fato de os dois só falarem um do outro. Fofocas rolam soltas. “Você viu como a Juju engordou depois que começou a namorar?”, “O Diego? Ele é bobo, aquela mulher só estraga ele”. Depois as acusações. “Perdi todos meus amigos!”, “Você só quer saber de futebol!”. Nada que não possa ser resolvido. Colocam-se fotos do casal se beijando no orkut, para ver se as fofocas param. Os “scraps” diminuem. A audiência do perfil cai quase que desesperadamente. As falácias só aumentam. O casal vira motivo de piada. Mas toda piada perde a graça. O casal termina, odiando um ao outro, e com a nítida certeza que a outra pessoa foi a culpada pelo fim da relação. A culpa é do Orkut.
Bebidas Alcoólicas. Diego e Juju estudam juntos e resolveram sair. Eles gostaram um do outro. Juju é meio tímida e Diego acha isso uma qualidade essencial nela. Juju acha Diego carinhoso. Os dois decidem namorar. Trocam alianças e tudo mais. Quando o casal cansa de um só ver a cara do outro eles decidem sair. Chamam casais de amigos e vão para a balada. Diego não gosta de beber, mas bebe umas cervejinhas para não ficar atrás dos amigos. Juju se arrisca a beber uma tequila. O álcool sobe. Ela começa a dançar como Diego nunca viu. Ele bebe mais para desviar a atenção dela. Doce ilusão. O menino então começa a dar vexame. Briga com a menina, manda ela parar de dançar. Ela diz que ele está louco. Ele por raiva bebe mais. Acaba entrando em coma alcoólico. A menina perde o interesse daquele cara bêbado que nada mais tem de “fofo”. A culpa é do álcool.

terça-feira, 11 de março de 2008

Lançamento!

Está a venda, em DVD, o ultra-som de Benício, irmão de Joaquim e filho do casal Angélica e Luciano Huck. O filme, que tem recebido boa crítica por parte da mídia especializada no assunto, é um resumo significativo dos meses finais da gestação, mas é possível assistir as cenas deletadas na sessão Bônus do DVD, que inclui trechos dos meses iniciais. Sandrinha, uma das gostosas do programa Caldeirão do Huck, ressaltou "destaque para a atuação de Benício e a direção de fotografia".

O curta possui duração de 18 min. e 43 seg. Só isso. Porém, nomes de peso como Galvão Bueno, Rubinho Barrichelo, Faustão e Pedro Bial aprovaram a produção. Ou seja, uma bosta. Mas cumprindo nossa função de puxa saco... o DVD pode ser encontrado no site http://www.sonlivre.com.br/ e custa apenas 45 reais e 90 centavos. Divirtam-se.

Mais uma Zebra no Esporte

Pedro Henrique Michels, vulgo Pedrinho, ganhou ontem o torneio de futebol de botão da sua sala (4ª série). Na final, teve como adversário o bicampeão Othon Pedriel, que vinha embalado por duas vitórias consecutivas. "Contei um pouco com a sorte, apesar do adversário também não fazer por merecer a vitória" disse o exausto Pedrinho. Professora Cleuza Maria presenteou o vencedor com uma caixa de bombons, da marca Garoto, provocando a revolta do garoto de 10 anos que desprezou o prêmio diante da sala e do próprio pai envergonhado, seu Everaldo Costa.

O jogo começou empatado por 0 a 0 e o placar ficou assim até os minutos finais da partida quando Pedrinho pressionou a paleta do meio do campo e acertou o ângulo do gol de Othon (as imagens não foram divulgadas).

Com a vitória, Pedrinho deixa de ser promessa e passa a ser o atual campeão do tradicional torneio.

domingo, 9 de março de 2008

Entrevista: Diablo Cody

Neste fim-de-semana, em sua visita mensal, com fins de pesquisa, a uma famosa casa de entretenimento adulto de Florianópolis, o LARANJAS deu sorte de cruzar com a vencedora do Oscar 2008 de melhor roteiro original pelo filme Juno, Diablo Cody. Não desperdiçamos a oportunidade de conversar com a ex-stripper e, hoje, moça de respeito.

LARANJAS - Olá, Diablo! Podemos conversar com você?
DIABLO CODY - Claro, desde que me paguem um drinque.
L - OK. Garçom, um drinque para a moça! Mas, enfim, o que você faz aqui?
DC - Pesquisa para meu próximo roteiro.
L - É, nós também estamos aqui apenas fazendo pesquisa para o próximo post do blog. E, por que Floripa?
DC - Na realidade, vim para o Rio sexta-feira para firmar alguns contatos, bebi demais numa festa e acabei acordando em Floripa no sábado. Lembro-me de ter estado num jatinho...
L - Ah, deve ter vindo com o Aécio Neves então.
DC - Quem?
L - Deixa pra lá. Você pode falar sobre esses contatos?
DC - Claro, estou bêbada! Bom, a Globo Filmes quer me contratar como consultora para um spin-off da novela Duas Caras, que será sobre o puteiro lá, aquele que explodiu... Vão fazer um prequel, vê se pode! Querem meu expertise em dança do poste. Acho um puta desperdício do meu talento, mas minha ética profissional me obriga a aceitar qualquer coisa por dinheiro.
L - Interessante. E o que mais?
DC - Vou adaptar o livro da Bruna Surfistinha para o cinema. Temos bastante coisa em comum, como vocês devem imaginar.
L - Hehehe.
DC - Me refiro a termos tido uma vida difícil e depois termos virado escritoras, seus pervertidos!
L - Ah, tá. Nós, LARANJAS, também passamos por isso.
DC - Vocês também tiravam a roupa por dinheiro?
L - Não, é que, antes da fama, nós tínhamos que pagar para as mulheres tirarem a roupa. No fundo é a mesma coisa. Diablo, por favor diga-nos quem vai dirigir o filme.
DC - Estamos negociando com o David Cardoso e com o Peréio, mas está difícil. O David faz questão de aparecer nu no filme e de comer a atriz principal, enquanto o Peréio quer ME comer para aceitar o cargo. O plano C é o Tarantino, que diz que aceita apenas se ele puder escalar o Nuno Leal Maia, num esquema parecido com o que ele fez com o Travolta em Pulp Fiction.
L - Entendemos, ele quer trazer o antigo rei da pornochanchada para uma volta em grande estilo, revitalizando a carreira do Nuno num tipo de película que vai remeter seus antigos fãs a sucessos do passado, como O Homem de Itu. Ele também fez isso com a Pam Grier e o David Carridine! Gênio! Tarantino é gênio!
DC - Porra! Parem de falar merda, seus bostinhas pseudo-cults! Jornalista é uma raça metida, mesmo... Não tem nada disso, ele quer o Nuno Leal Maia como um assassino especialista em massagens nos pés, só isso!
L - Massagens nos pés? Massagens nos pés não têm nada de mais...
DC - Eu fiz milhões de massagens nos pés, e todas significaram alguma coisa. Até porque eu cobrava caro por elas.
L - OK. Essa entrevista está ficando muito babaquinha. Melhor pararmos por aqui.
DC - Ué, não vão perguntar nada da Juno?
L - Não, não... Ainda estamos traumatizados com esse filme. Sabe como é, esse negócio de engravidar adolescentes pode ser perigoso....
DC - Ah, vocês viram o filme e lembraram de todas as cagadas que faziam quando eram mais novos? Afinal hoje vocês são caras responsáveis, membros da grande imprensa e zelosos com a saúde e a imagem, né?
L - Er... Isso. Claro.

Assim, após uma hora contada no relógio, os LARANJAS foram para um lado e Diablo Cody para outro. É estranho esse negócio de ter uma experiência muito intensa com uma pessoa e depois nunca mais vê-la. Ou, caso veja, fingir que não a conhece. É esquisito esse mundo do jornalismo. Enfim, somos profissionais, e ela também.

sexta-feira, 7 de março de 2008

(Ao sair com uma gatinha,) Tem coisas que só Floripa faz por você

Porque hoje é sexta-feira!

- Ao passar de carro pela av. Beira-Mar, na altura do mangue, é inevitável que o seguinte pensamento passe pela cabeça do rapaz: "Hum, espero que ela saiba que esse fedor não quer dizer que eu tenha peidado";

- Por outro lado, se você estiver desesperadamente precisando peidar dentro do carro, o mangue é justamente a sua melhor opção em camuflagem;

- Depois de pegar um cinema do Floripa Shopping, você pode errar deliberadamente na saída do estacionamento e soltar um verde, pra ver se cola: "Relaxa, baby, tem um retorno logo ali em frente ao motel";

- Há dezenas de bons restaurantes em Floripa, mas, para sua própria surpresa, em qualquer um deles você vai acabar comendo sushi;

- Se você é dos que gosta de ver o filme primeiro e jantar depois, é bom pegar uma sessão mais cedo. Se não der, você provavelmente não encontrará nenhum restaurante aberto depois das 11 e meia, mas, tudo bem, pode recorrer a mais um verde como plano b: "Putz, não tem nenhum restaurante aberto... Droga, vamos ter que ir direto para o motel!";

- Se, por acaso, você achar um restaurante aberto, logo os garçons estarão colocando as cadeiras em cima das mesas, possibilitando que você, educadamente, sugira: "Pô, que grosseria, nem tínhamos pedido a sobremesa! Ainda bem que tem um motel aqui perto que serve um excelente pudim de leite como cortesia";

- É sempre antropologicamente interessante assistir a corridas de submarinos no Koxixo's ao lado de carros que não valem mais do que 2 mil reais, mas que são equipados com sistemas de som que valem mais de 5 mil. Isso se fossem comprados legalmente, claro;

- Há um resgate do velho hábito romântico do telefone fixo, pois é bem provável que a sua gatinha tenha um celular da Vivo, cujo sinal é uma merda;

- Se faltar assunto, você sempre pode recorrer a lembranças engraçadas dos professores do Energia, já que 85% das meninas da cidade estudaram (ou ainda estudam) lá.

E amanhã é sábado!

terça-feira, 4 de março de 2008

Editorial: Uma nova era para o LARANJAS

O LARANJAS recebeu, recentemente, a informação de que há um texto aqui postado circulando via e-mail por todo o país. Por todo o mundo, talvez. A obra em questão é a notícia do salvamento de um argentino pelo Capitão Nascimento numa praia de Florianópolis, apresentada durante o verão. Sabíamos que isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde, devido a enormidade de nosso talento, que gera textos de altíssima qualidade. Havia até um bolão na redação, com apostas para ver quem seria o primeiro dos LARANJAS homenageado (os três acertaram, então teremos que dividir a caixa de cervejas).

Há um problema, porém. O sujeito que mandou o e-mail, não se deu ao trabalho de citar a fonte. Ou seja, o cretino vem aqui, gosta (óbvio) do que lê e resolve dividir a alegria com seus amiguinhos. O que nós, artesãos das letras e escritores internacionalmente reconhecidos esperamos? Que o maldito cite o autor, o blog ou, suprema dificuldade, envie o link do LARANJAS. Mas não, o mané dá um Ctrl+C/Ctrl+V, leva os créditos pela descoberta e nós não ganhamos acessos ou novos leitores. Ou seja, thanks for nothing!

Contemplamos, ainda, a possibilidade de que isso esteja sendo articulado pela imprensa marrom e golpista, a fim de manchar a imagem e a credibilidade do LARANJAS. Sabemos que estamos incomodando a grande imprensa, o que contraria o objetivo inicial do blog de nos submetermos a ela para arranjar empregos. OK, entendemos o recado Civitas, Marinhos, Mesquitas e Frias...s. E vocês, crentes da Universal, não precisam abrir um processo contra nós em Herval d'Oeste, onde o LARANJAS nem circula. Vamos dar uma maneirada nessa nova temporada do blog. Abandonaremos a crítica política, social e cultural e nos dedicaremos à sacanagem. Se der tempo, escreveremos aqui.