O ano de 2010 entrará para a história do Fluminense: 26 anos depois de seu primeiro e único título do Brasileirão (1984), vai levantar a taça outra vez - a não ser que alguma merda muito grande aconteça no domingo, quando joga contra o Guarani, no Engenhão. O treinador Muricy Ramalho, que passou por clubes como São Paulo, Internacional e Palmeiras, já dá como certa a vitória: "O Guarani já está rebaixado. Acho impossível perdermos". A última conquista importante do clube, que fez inveja aos outros times cariocas, foi a derrota para a LDU na final da Copa Libertadores da América, em 2008.
A expectativa é grande nas Laranjeiras. Desde sua fundação, em 1902, o Fluminense irá ter seu primeiro jogador de futebol como ídolo da torcida. Ao lado de Chico Buarque, Jô Soares, Pedro Bial e Nelson Rodrigues, que nunca pisaram em campo e muito menos presenciaram uma conquista importante do time, o centroavante Washington se tornará imortal na memória da torcida. "É uma honra estar junto com essas personalidades que ajudaram, de alguma forma, a construir a história do Fluminense", emociona-se o atacante, que ainda está na corrida pela artilharia do campeonato - precisa apenas marcar 13 gols e torcer para que Jonas, do Grêmio, não faça nenhum.
"O campeonato Brasileiro é o mais difícil do mundo porque o que vence não é o melhor time, e isso é mais um mérito do nosso time", justifica Muricy, sobre as dificuldades da conquista. A fórmula do campeonato permite que os times mais fortes joguem com reservas para ou dedicarem-se a torneios de menos expressão ou prejudicarem rivais. "Imagina se o Inter estivesse focado? E se o Grêmio tivesse demitido o Silas antes, ou se o Ganso não estivesse machucado? E se o Corinthians não estivesse brigando pelo título? A sorte também favorece os campeões, esse é o segredo do nosso time", explica o experiente treinador. E para a comemoração, a torcida providenciou 100 quilos de pó de arroz.
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