domingo, 1 de junho de 2008

Junho, mês dos namorados!

Hoje começa a maior saga das meninas brasileiras no inverno, arranjar um namorado para ganhar presente no dia 12. Louis Vuitton, Prada, Colcci ou Rosa Chá, qualquer uma destas marcas serve. Claro, por que o que importa mesmo é a intenção.

Em contrapartida os homens buscam uma parceira devido ao fato de estarem fadigados demais com o verão para malharem no frio de junho. A barriguinha cresce e nós pomos a culpa na cerveja. Doce ilusão. Doce inverno.

É isso. O shopping, que finalmente, com o término do verão, poderá desligar o ar-condicionado de 12 mil wats de potência hora e economizar 15 mil reais mensais com energia, é o melhor lugar para os dois se encontrarem. É para ele por que mesmo barrigudinho pode mostrar que tem dinheiro para bancar as necessidades da pretendente. Claro, por que uma ida ao shopping, considerando que você consuma algo, não sai por menos de 40 reais. Ideal para ela, que pode ficar insinuando “olha que bolsa linda essa ali da Louis Vuitton, pena que é muito cara, e nunca vou poder comprar”. E o namoradão, crente que ela só está fazendo sua função de mulher de admirar as vitrines nem nota sua indireta, afinal ele nem tem em mente quando é o dia dos namorados.

Esse jeito “homem de ser” deve irritar muito as mulheres. Claro por que elas, em questão de datas, são super programadas. Sabem o que querem ganhar até no trigésimo aniversário de casamento. Isso tudo escrito no seu diário secreto guardado debaixo do travesseiro, e várias vezes acidentalmente enviado para a caixa de correio de seu namorado. Algumas delas, por odiarem tanto esse jeito do homem acabam desviando sua conduta sexual, e começam a se relacionarem com outras mulheres.

No dia onze então a menina solta a indireta, para se certificar que ele não irá esquecer do presente. “Amor, o que a gente vai fazer, amanhã, no dia dos namorados”. O cara percebe sua falha e promete uma surpresa, por que afinal, será uma surpresa até mesmo para ele. Ele a deixa em casa as nove da noite para ter certeza que ainda dê tempo de passar na CenterSom e comprar um cd daquela cantora que ela adora tanto. Aquela uma a... qual é mesmo? O jeito é levar um “cd presente’.

Mas no caminho de casa o sujeito se lembra daquela vez em 1997 em que sua avó lhe deu um cd e a única coisa que ele conseguiu foi ter que ouvir repetidamente por um ano a música “Heloísa - Mexe a cadeira” do Vinni. Ah, um horror. Cd não serve.

Ele então vai novamente ao shopping, tentar comprar um perfume ou qualquer coisa que sirva para não ter que ficar ouvindo sermões no outro dia. A única loja aberta aquele horário é a loja de lembrancinhas. “Claro, melhor uma lembrancinha do que nada”. Mas a indignação é tanta ao ver o preço das tais lembrancinhas que ele decide dar o cd mesmo. Se o amor for verdadeiro ela vai aceitar assim como ele aceitou por educação o presente de sua avó. Doce ilusão. Doce inverno.

Um comentário:

Natália Sanches disse...

Doce dia dos namorados...hahaha