segunda-feira, 14 de novembro de 2011

PM ocupa Rocinha em protesto contra presença de maconheiros na USP

Tropas fazem um sonzinho maneiro após ocupação, porque ninguém é de ferro
A Polícia Militar carioca ocupou o complexo da Rocinha, na capital fluminense, em movimento contra a existência de estudantes consumidores de maconha na Universidade de São Paulo e a sua recente invasão da reitoria. Os primeiros policiais começaram a se reunir na entrada da favela no início da manhã deste domingo, dia 13, portando faixas, banners e fuzis com palavras de ordem e munição perfurante de blindagem. O Movimento Militar acredita que a presença de fumantes da erva no campus oprime o trabalho dos policiais, que são constantemente coagidos por grupos portando bombas, beques, charutos, velas, e toras já acesas. Não há relatos de feridos e nem de confronto com a entidade gerenciadora da comunidade no momento da ocupação.

O capitão do BOPE, Armando Nascimento, foi o responsável pela ação que foi inicialmente rechaçada em assembléia geral militar, mas veementemente ignorada pelas tropas agora instaladas na Rocinha. "Quem matou esse cara?? Quem matou esse cara?? Foi você!! Seu viado! Maconheiro de merda! É você que financia essa merda aqui!", bradava o capitão, sem fazer muito sentido, enquanto estapeava o repórter do LARANJAS que chorava copiosamente em posição fetal. Em seguida, quando os dois já tinham se restabelecido e feito as pazes, Nascimento declarou que o Movimento Militar tem apoio da maior parte da comunidade policial.

A posição do capitão, no entanto, encontra resistência em outros batalhões que, desde o show de Ziggy Marley em abril deste ano, defendem a presença massiva e constante de maconheiros nas dependências da USP. "O índice de movimentos verdadeiramente revolucionários na universidade diminuiu drasticamente desde que a erva foi liberada. Os números comprovam isso. Todo tipo de idéia, da esquerda liberal à mais radical direita conservadora, sofreu uma queda gigantesca de ocorrência", observa Jorge Tosh, pesquisador do Grupo de Efeitos de Ritmos Caribenhos e professor de Filosofia na USP.

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